ATA DA DÉCIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 02-4-2007.
Aos dois dias do mês de
abril do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio
Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi
realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto,
Dr. Raul, Elias Vidal, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib,
João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Márcio Bins Ely, Newton Braga Rosa e
Professor Garcia. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores
Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson, Luiz
Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Mario
Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro,
Nilo Santos, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados:
pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos de Providência nos 483, 484,
485, 486, 487, 488, 489 e 490/07; pelo Vereador Aldacir Oliboni, os Pedidos de
Providência nos 457, 467, 486, 469 e 470/07; pelo Vereador Claudio
Sebenelo, os Pedidos de Providência nos 459, 460, 461 e 462/07; pelo
Vereador João Antonio Dib, o Projeto de Resolução nº 022/07 (Processo nº
0157/07); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providência nos
463 e 464/07; pelo Vereador José Ismael Heinen, os Pedidos de Providência nos
471, 472, 473 e 474/07, o Pedido de informação nº 039/07 (Processo nº 1636/07);
pela Vereadora Maria Celeste, os Pedidos de Providência nos 456,
458, 480, 481 e 482/07, o Pedido de informação nº 040/07 (Processo nº 1659/07);
pela Vereadora Maria Luiza, os Pedidos de Providência nos 475, 476,
477, 478 e 479/07; pela Vereadora Maristela Maffei, o Requerimento nº 037/07
(Processo nº 1668/07); pela Vereadora Neuza Canabarro, os Pedidos de Providência
nos 465 e 466/07. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos
2385 e 3678/07, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde; 179, 287 e
748/07, do Senhor Paulo César Hack, Gerente de Desenvolvimento Urbano da Caixa
Econômica Federal – CEF. Na ocasião, constatada a existência de quórum
deliberativo, foram aprovadas as Atas da Nonagésima e da Décima Sessões
Ordinárias e da Primeira e Segunda Sessões Solenes. Também, o Senhor Presidente
registrou o transcurso, no dia trinta e um de março do corrente, do aniversário
da Vereadora Margarete Moraes, procedendo à entrega, em nome da Mesa Diretora,
de um cartão de felicitações a Sua Excelência. A seguir, o Senhor Presidente
concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Carlos Eitor Machado
Rodrigues, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
Petroquímicas de Triunfo/RS – SINDIPOLO –, que comentou a
venda do grupo Ipiranga e expressou
a preocupação do Sindicato com as conseqüências econômicas e sociais dessa
operação comercial, afirmando que, a partir dessa transação, a
Organização Odebrecht passa a concentrar, indiretamente, o poder decisório e
econômico no setor petroquímico do Rio Grande do Sul. Na ocasião, nos termos do
artigo 206 do Regimento, os Vereadores Claudio Sebenelo, Haroldo de Souza, José
Ismael Heinen, Adeli Sell, Professor Garcia e Ervino Besson manifestaram-se
acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às quatorze horas e trinta
e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quatorze horas e trinta e dois minutos, constatada a existência de quórum.
Após, por solicitação dos Vereadores Adeli Sell e Ervino Besson, foi realizado
um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao Senhor Manoel Braga Gastal, ex- Deputado Estadual, falecido
ontem, tendo os Vereadores Professor Garcia e José Ismael Heinen solicitado a
inclusão, nesta homenagem póstuma, respectivamente, da Professora Esther Lia
Cassel, falecida hoje, e do Senhor Luiz Fernando Moska, falecido no dia trinta
e um de março do corrente. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Carlos Comassetto discutiu a necessidade de revisão do
Plano Diretor da Cidade, alegando que a proposta apresentada pelo Executivo a
esta Casa é insuficiente para garantir o desenvolvimento sustentável de Porto
Alegre. Igualmente, asseverou que o Governo Municipal não
promove adequadamente o debate sobre esse Plano, destacando a necessidade de maior discussão de temas como a habitação,
o desenvolvimento econômico e tecnológico, a qualificação ambiental e a
regularização fundiária. O Vereador Ervino Besson exaltou o Centro de Educação Profissional São João Calábria, defendendo maior participação dos
Senhores Vereadores na busca de soluções aos problemas por que passa essa
instituição. Da mesma forma,
reportou-se à reunião realizada neste Legislativo, no dia vinte e seis
de março do corrente, para implantar uma Escola Técnica Federal para Porto
Alegre no Bairro Restinga, opinando
que o investimento na educação deve contemplar por igual os projetos novos e os
já existentes. Em continuidade, o Vereador Dr. Goulart formulou Requerimento
verbal, deferido pela Senhora Presidenta, solicitando que os Senhores
Vereadores fossem dispensados do uso da indumentária prevista no artigo 216,
Inciso III, do Regimento. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Professor Garcia,
enfocando a valorização dos Professores de Educação Física, noticiou que está sendo realizado, no
Município de Capão da Canoa, o 33º Encontro Nacional de Profissionais da
Educação Física. Nesse contexto,
procedeu à leitura de manifesto
de sua autoria, contrapondo-se à
nomeação do Senhor Carlos Antônio Finck para o cargo de Presidente da Fundação
de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul, com o argumento de que Sua Senhoria
carece de formação adequada para o cargo. O Vereador Newton Braga Rosa abordou
o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 025/05, de autoria do Vereador
Sebastião Melo, que altera a Lei Complementar nº 07/73, equiparando a alíquota
cobrada sobre serviços de arrendamento mercantil, atualmente fixada em dois por
cento, às aplicadas em casos de franquia e fomento mercantil, que alcançam
cinco por cento do valor da transação. Sobre o assunto, enfocou que os aumentos nos impostos oneram as pequenas empresas e
os consumidores. A Vereadora Margarete Moraes elogiou a gestão do Partido dos
Trabalhadores quando na direção de Porto Alegre, enfatizando que esse Partido incentivava a participação popular
nas decisões do Governo. Também, teceu
considerações acerca do uso dos espaços públicos pela população da Cidade e
criticou as condições da limpeza pública e da segurança no Município. Finalizando, solidarizou-se com a Senhora
Presidenta nas decisões
administrativas tomadas em relação a esta Casa. Após, a Vereadora
Maristela Maffei manifestou-se acerca do transcurso, no dia trinta e um de março
do corrente, do aniversário da Vereadora Margarete Moraes. Em COMUNICAÇÕES, o
Vereador Carlos Todeschini reportou-se
ao pronunciamento do Vereador Ervino Besson referente ao Centro de Educação
Profissional São João Calábria, retorquindo
que o Governo Federal, no ano passado,
repassou recursos financeiros para esse estabelecimento de ensino. Além disso, mostrou-se contrário ao corte
de verbas para a EMATER,
destacando a relevância socioeconômica dessa entidade. O Vereador Haroldo de
Souza cobrou do Governo
Municipal medidas efetivas na diminuição do número de crianças de rua em Porto
Alegre, mencionando declarações
sobre o tema, do Prefeito José Fogaça, que afirmou ser esse assunto uma das
prioridades de sua gestão. Ainda,
rechaçou a nomeação do Senador Alfredo Nascimento para o Ministério dos
Transportes, aludindo a denúncias de envolvimento desse político em atividades
ilícitas. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 2ª Sessão, os Projetos
de Lei do Legislativo nos 244/06, discutido pelos Vereadores João
Antonio Dib, Adeli Sell e Claudio Sebenelo, e 248/06, discutido pelos Vereadores
João Antonio Dib, Adeli Sell, José Ismael Heinen e Márcio Bins Ely; em 3ª
Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 247/06, discutido pelo
Vereador João Antonio Dib, e 249/06, discutido pelos Vereadores João Antonio
Dib e Márcio Bins Ely. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Adeli Sell
criticou o Governo Municipal, contestando o Projeto Portais da Cidade e
abordando problemas observados no Bairro Cidade Baixa, em especial no referente
ao trânsito de veículos naquela região durante os finais de semana. Ainda,
propugnou por melhorias na manutenção do asfaltamento e da iluminação nas ruas
de Porto Alegre e por mais rigor na prestação de serviços de fiscalização e
conservação das praças e parques do Município. O Vereador Nilo Santos
reportou-se ao pronunciamento realizado nesta Sessão pelo Vereador Adeli Sell,
em Comunicação de Líder, atinente ao sistema de iluminação pública de Porto
Alegre. Além disso, comentou denúncia do Vereador Carlos Comassetto, em Grande
Expediente, de que teria sido impedido de participar de reunião do Departamento
Municipal de Habitação, afirmando que esse Vereador comportou-se de maneira
inadequada com o guarda em serviço do órgão citado. O Vereador Haroldo de Souza
questionou os objetivos da criação da Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social,
defendendo a instituição de uma Secretaria Municipal do Idoso. Também,
salientou a importância da implantação de projetos para valorização da área
portuária de Porto Alegre e indagou acerca da legislação vigente, relativamente
à proibição de funcionamento de casas de jogo de bingo, asseverando que esta
semana foram inaugurados espaços para essa prática na Cidade. O Vereador Luiz Braz aludiu às críticas ao Governo
Municipal feitas neste Legislativo por Vereadores do Partido dos Trabalhadores,
declarando que parte dos
problemas enfrentados por Porto Alegre são oriundos de equívocos de gestão de
responsabilidade da época em que esse Partido esteve na direção da Prefeitura
Municipal. Igualmente, contraditou
o pronunciamento de hoje do Vereador Haroldo de Souza, principalmente quanto à
atuação da Secretaria Especial de
Acessibilidade e Inclusão Social. O Vereador José Ismael Heinen aludiu ao dia trinta e um de março de mil novecentos e sessenta e
quatro, quando os militares ascenderam ao poder no País, avaliando os fatos que desencadearam
esse episódio da História do Brasil. Da
mesma forma, discorreu sobre a paralisação empreendida no mês passado
pelos profissionais da área militar que atuam como controladores de vôo, frisando que essa situação representou
quebra de hierarquia nas Forças Armadas e descumprimento da Constituição
Federal. O Vereador Mario Fraga agradeceu
providências do Executivo Municipal na averiguação de
denúncias de falta de segurança em escolas do Bairro Belém Novo. Ainda, defendeu
a gestão atual do Departamento Municipal de Habitação e da Secretaria Municipal
de Obras e Viação e elogiou
o Programa “Em cada campo uma escolinha”, da Secretaria Municipal dos
Transportes e o Projeto Genoma Colorado, do Sport Club Internacional.
Finalizando, aludiu à importância da Feira de Artesanato da Praça Inácio
Antonio da Silva. A Vereadora Maristela Maffei
relatou avarias sofridas pelo carro
de Sua Excelência no último final de semana ao passar por buraco existente na
Estrada João Antonio Silveira, no Bairro Restinga, chamando
a atenção para
a falta de sinalização e manutenção das
vias públicas de Porto Alegre e para problemas observados na iluminação das
paradas de ônibus da Cidade. Além disso, comentou a
paralisação dos militares que atuam como
controladores de vôo no País. O Vereador João Antonio Dib posicionou-se
contrariamente à proposta apresentada pelo
Senador Sérgio Zambiasi, de aumento do número de Municípios do Rio Grande do
Sul, afirmando
que essa medida gerará mais despesas ao Governo Estadual e não beneficiará
efetivamente a população. Nesse sentido, declarou que os rio-grandenses não
precisam de novos Municípios, mas de ações que garantam serviços públicos de
qualidade e viabilizem geração de emprego e renda à população. A seguir, constatada a existência de
quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal formulado
pela Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante na Ordem do Dia, de acordo com reunião realizada entre a Mesa
Diretora e o Colégio de Líderes. Em Votação, foi aprovado o Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 025/05, por vinte e um votos SIM e nove votos NÃO,
em votação nominal solicitada pelo Vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim
os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo,
Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza,
Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Maristela
Maffei, Nilo Santos, Sebastião Melo e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Elias
Vidal, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen,
Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Meneghetti e Newton Braga Rosa. Na
oportunidade, em face de manifestações do Vereador Alceu Brasinha e da
Vereadora Maristela Maffei, a Senhora Presidenta determinou a inclusão dos
votos de Suas Excelências na votação do Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 025/05. Também, em face de
Questões de Ordem e manifestações formuladas pelos Vereadores Luiz Braz,
Marcelo Danéris, Haroldo de Souza e João Antonio Dib, a Senhora Presidenta prestou
esclarecimentos acerca do artigo 176 do Regimento, referente ao tempo destinado
às votações neste Legislativo. Após, foram apregoadas as seguintes Emendas, de
autoria do Vereador Bernardino Vendruscolo, Líder da Bancada do PMDB: de nº 01,
ao Projeto de Lei do Executivo nos 004/07 (Processo nº 1367/07); de
nº 01, ao Projeto de Lei do Executivo nº 005/07 (Processo nos
1368/07). Na ocasião, foi
aprovada a prorrogação dos trabalhos da presente Sessão, nos termos
regimentais. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Executivo nº 004/07, com ressalva da Emenda nº 01 a ele aposta, por trinta e um
votos SIM, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, João Antonio Dib,
José Ismael Heinen, Carlos Comassetto, Sebastião Melo, Guilherme Barbosa,
Carlos Todeschini, Sofia Cavedon, Elói Guimarães, Claudio Sebenelo, Maristela
Maffei, Marcelo Danéris, Luiz Braz e Ervino Besson, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Haroldo de Souza, tendo votado os Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela
Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos,
Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Durante a apreciação do Projeto de Lei do
Executivo nº 004/07, os Vereadores Dr. Raul, Aldacir Oliboni e a Vereadora
Margarete Moraes cederam seus tempos de discussão, respectivamente, aos
Vereadores Sebastião Melo, Carlos Todeschini e Guilherme Barbosa. Foi aprovada
a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 004/07. Em
prosseguimento, o Vereador Luiz Braz apresentou o Recurso previsto no artigo 99
do Regimento, contra decisão tomada pela Senhora Presidenta, que viabilizou a
inclusão de votos de Vereadores após ter sido determinado o encerramento do
Sistema Eletrônico de Votação durante a apreciação do Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 025/05 nesta Sessão. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 005/07, com ressalva da
Emenda nº 01 a ele aposta, por trinta votos SIM, em votação nominal solicitada
pelo Vereador João Antonio Dib, tendo votado os Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João
Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti,
Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor
Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Foi
aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 005/07. A
seguir, o Vereador Luiz Braz formulou Requerimento verbal, indeferido pela
Senhora Presidenta, solicitando que o Recurso apresentado por Sua Excelência no
referente à votação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 025/05
resultasse em efeito suspensivo da votação desse Projeto. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 011/07, por
trinta votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha,
Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz
Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Mario
Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro,
Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon.
Em Discussão Geral e
Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 008/06, o qual
deixou de ser apreciado, em face da inexistência de quórum. Às dezoito
horas e quarenta e quatro minutos, constatada a inexistência de quórum, a
Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores
Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental.
Os trabalhos foram presididos pelas Vereadoras Maria Celeste e Neuza Canabarro
e pelos Vereadores João Carlos Nedel e Aldacir
Oliboni e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e Haroldo de Souza,
este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será
assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): (Lê.)
“Verª Margarete Moraes, aniversário é dia de rever amigos e de alegria por
tê-los conquistado. É sempre um renascimento, um recomeço; ponto de partida
para novas descobertas e realizações. Desejo que suas aspirações sejam
plenamente alcançadas. Felicidades!!” Assinado pela Verª Maria Celeste,
Presidenta.
A
ilustre Vereadora estava de aniversário no sábado. Receba os cumprimentos de
seus colegas aqui na Casa. (Palmas.) Obrigado, Vereadora. Cumprimentos.
Passamos
à
O
Sr. Carlos Eitor Machado Rodrigues, representando o Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo/RS, o Sindipolo, está com a palavra
para tratar de assunto relativo à compra do Grupo Ipiranga pelo Grupo
Petrobras, Ultra e Braskem, pelo tempo regimental de 10 minutos.
O
SR. CARLOS EITOR MACHADO RODRIGUES:
Boa-tarde, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; Presidente da Mesa, Ver. João Carlos Nedel.
Quero inicialmente agradecer o pronto atendimento desta solicitação. Há cerca
de um ano, a gente esteve aqui nesta Casa para trazer este tema ao conhecimento
dos senhores. Naquela época, era troca de ativos entre a Petrobras e a Braskem.
Neste momento, estamos tratando da compra do Grupo Ipiranga pela Petrobras,
como já mencionou o Presidente, pelo Grupo Ultra e pela Braskem e o que isso
significa para o setor petroquímico brasileiro, em especial o Pólo
Petroquímico, para os trabalhadores, para o nosso Estado e, principalmente,
para a nossa Região Metropolitana.
Então,
senhores, com essa aquisição, o braço petroquímico do Grupo Ipiranga ficou com
a Petrobras e com a Braskem, que é controlada pelo Grupo Odebrecht. Esse grupo
econômico - Braskem - passa praticamente a controlar o setor petroquímico
nacional, inclusive já controla o Pólo Petroquímico de Camaçari, na Bahia.
Isso, ao final de toda essa operação, significa juntar os ativos da Ipiranga
Petroquímica numa única empresa, Copesul, e futuramente incorporar os ativos
que a Petrobras tem no Pólo Petroquímico, a Petroquímica Triunfo e a Inova,
assim como as unidades que a Braskem também tem no Pólo Petroquímico numa mesma
empresa, junto à Central de Matérias-Primas da Copesul. Com isso, as cinco
maiores empresas do Pólo Petroquímico gaúcho se transformariam numa única
empresa. E nessa empresa estarão, dos 2.500 trabalhadores diretos do Pólo
Petroquímico, cerca de 2.200 e, mais ou menos, na mesma proporção, os 3.500
trabalhadores indiretos.
Então,
a nossa preocupação inicial com esse processo é: primeiro, uma negociação em
que a Petrobras de fato aumente a sua participação no setor petroquímico,
aumente a sua participação no Pólo Petroquímico gaúcho, mas, em contrapartida,
permita que esse grupo econômico, Odebrecht, que controla a Braskem,
praticamente assuma o controle da petroquímica brasileira.
Para
termos uma idéia, o principal produto petroquímico é o eteno, que é
petroquímico básico, do qual sai o polietileno, para se transformar, na
terceira geração, no plástico que a maioria de nós usa em casa. Hoje, no País,
são produzidas cerca de 3,5 milhões toneladas de eteno por ano. É o
petroquímico básico, produzido pelas empresas de segunda geração. Com essa
negociação, o Pólo baiano e o Pólo gaúcho, que já produzem cerca de 2,5 milhões
de toneladas por ano, vão ficar com mais de 70% da produção, através da
Braskem, uma empresa da qual a Petrobras terá 35%, 36% de participação. Nessa
participação, a Petrobras não tem garantias de incidir nos rumos do negócio
petroquímico e também não tem garantias de participar da gestão das empresas.
No
nosso entendimento, a Petrobras, como alavancadora, como a criadora do setor
petroquímico brasileiro, começado a partir da metade da década de 60, tem uma
responsabilidade importante com o setor petroquímico. Então, não poderia, num
processo desse, embora aumentando a sua participação no setor, ficar
subordinada a esse grupo econômico, ficar numa sociedade, vamos dizer assim,
onde ela não tenha como incidir.
E
a questão maior, além da questão da concentração, é a questão dos petroquímicos
poderem ter seus preços controlados por esse grupo econômico, que,
conseqüentemente, controlará os preços dos produtos de segunda geração, que vão
rebater depois na terceira geração e, para o final, ao consumidor. Então, pela
nossa visão, isso poderá ter um impacto muito grande no mercado, no setor de
petroquímicos.
Essa é uma das preocupações, mas a grande
preocupação - e esta é a razão principal de termos solicitado esta tribuna - é
com relação aos postos de trabalho no Pólo Petroquímico, é com relação aos
direitos dos trabalhadores. Alguém há de perguntar: “E por que essa
preocupação?”, já que a Petrobras tem dito, a Braskem tem dito que vão manter
os postos de trabalho no Pólo, vão ampliar e vão investir. Nós temos uma
referência em relação à criação dessa empresa Braskem, em 2002, na Bahia.
Naquela oportunidade, ela assumiu o controle do Pólo Petroquímico baiano: lá foram
cerca de duas mil demissões de trabalhadores, que se concentraram mais na
Bahia, cem aqui no Pólo Petroquímico e também na unidade que essa empresa tem
em Alagoas. Mesmo que eles venham dizendo, como têm dito, que vão garantir os
empregos, que vão investir e ampliar, nós temos uma referência real, que é a
situação do Pólo Petroquímico baiano, onde, desde que eles assumiram, em 2002,
não houve ampliação e não foram feitos novos investimentos. A única coisa que
tem acontecido lá é a incorporação de outras empresas do Pólo à Braskem, que
tem inclusive ampliado o número de trabalhadores demitidos.
Nós temos feito, senhores e senhoras, essa
discussão; conversamos com a Petrobras, com a Braskem, na semana passada
tivemos Audiência Pública na Câmara Federal, tivemos uma importante reunião no
gabinete do Senador Paim com a
Petrobras, com a Braskem, com o Grupo Ultra, quando manifestamos a nossa
preocupação com relação às garantias de que os trabalhadores precisam. O que estamos
trabalhando é o seguinte: primeiro, os sindicatos dos trabalhadores querem
discutir, sim, com as empresas; nós estamos discutindo e já tivemos reunião;
além dessa em Brasília, tivemos reunião na segunda-feira, quando foi feito o
anúncio da compra, dia 19. Queremos discutir com essas empresas na condição de
que a Petrobras esteja junto, ou seja, os trabalhadores, a Petrobras - que vai
ter cerca de 40% de participação - e a Braskem - que vai ter 60%.
Por que isso, já que o controlador é a Braskem?
Porque a Petrobras tem uma história de construção da Petroquímica, de
construção no setor de petróleo no País, tem uma história de não só ter uma
visão do lucro, do resultado, mas também de manutenção de empregos, de
garantias dos direitos dos trabalhadores, e, por isso, achamos que a Petrobras
tem que estar nessa mesa discutindo a questão do Pólo Petroquímico, a questão
dos rumos da petroquímica; a questão dos rumos da petroquímica gaúcha - neste
caso -; as questões relativas ao direito dos trabalhadores.
Quando falamos em direitos, queremos citar que na
Bahia foram atacados pela Braskem vários direitos dos trabalhadores, entre
eles o Fundo de Previdência Complementar, para o qual o pessoal contribuía há
mais de duas décadas - a maioria dos trabalhadores daquele complexo -, e eles
acabaram vendo, de uma hora para outra, esse direito sendo suprimido
unilateralmente pela Braskem. Esse é um dos direitos mais importantes que o
pessoal do Pólo Petroquímico aqui tem. Muita gente que está prestes a fazer jus
a esse direito está sujeita a ver ele suprimido. Essa é uma das preocupações,
mas a preocupação maior é, de fato, a questão da concentração do setor nas mãos
desse grupo econômico, que vai dominar o setor, vai ter fortes impactos no
mercado de petroquímicos e, conseqüentemente, no consumidor final, assim como
nos postos de trabalho do Pólo Petroquímico.
Nós conhecemos essa empresa, mesmo sendo uma
empresa nova, a Braskem. Ela foi criada em 2002, é controlada pelo grupo
Odebrecht, que nós conhecemos desde 1992, quando ele chegou aqui no Pólo
Petroquímico. Já na chegada deles aqui, foi feito um corte de cerca de 50% do
número de trabalhadores nas empresas em que eles têm participação, no caso, na
Copesul, na Central de Matérias-Primas, assim como nas empresas de segunda
geração que eles controlam no Pólo Petroquímico.
Então, está aqui o nosso apelo a esta Casa, para
que tome conhecimento, já que cerca de 50 a 60% dos trabalhadores do Pólo
Petroquímico mora em Porto Alegre. Estamos discutindo, como já falei, na Câmara
Federal, tivemos uma Audiência Pública; vamos ter uma Audiência Pública na
quarta-feira no Senado; tivemos uma importante reunião aqui na Assembléia
Legislativa na semana passada. Estamos, então, trazendo aqui esta discussão,
para que os nossos Parlamentares, os Vereadores de Porto Alegre - o Poder
Público Municipal - saibam o que está acontecendo, e, na medida em que cada um
tiver condição, que possa estar tratando do tema para preservar o direito dos
trabalhadores nos seus postos de trabalho e, conseqüentemente, num setor
saudável, com uma livre competição, que não seja controlada por apenas um grupo
econômico.
Mais uma vez, muito obrigado, senhores e senhoras;
muito obrigado, Presidenta, Verª Maria Celeste. Este é o nosso fechamento. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver.
Claudio Sebenelo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Eu queria
saudar a presença da ilustre Presidenta, Verª Maria Celeste; também a presença
do Dr. Carlos Eitor Machado Rodrigues. Quero dizer a ele que nós estamos
solidários, e lembro uma frase de Celso Furtado, o inesquecível Celso Furtado,
que dizia: “Não existe capitalista bonzinho”. Então muito cuidado com a Braskem
quando tratar de negociações na manutenção de empregos. Mas muito cuidado
também com a Petrobras, que é hoje uma das empresas de atitude mais
imperialista no mundo.
E nós perdemos, Dr. Carlos Eitor, inclusive aquele
senso de nacionalidade, e hoje eles sentam com toda a desenvoltura na mesa da
OPEP e negociam de uma forma incrível as nossas relações com outros países,
especialmente relações de multinacional que é. E principalmente o que mais nos
preocupa é que essa multinacional nunca pestanejou em ter um aumento
insuportável do preço da gasolina, que talvez seja hoje. E, se a gente sair
para outro ciclo energético, será muito melhor, mas foram implacáveis, a
Petrobras sempre foi implacável em relação ao preço do combustível. Nunca
pensou no povo brasileiro, que realmente é o grande consumidor e o grande
necessitado do outro lado.
Então muito cuidado quando negociar com a Braskem e
a Petrobras, com os dois, e, se eles estiverem juntos, melhor. Um abraço ao Sr.
Dr. Carlos Eitor.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Haroldo
de Souza está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Cumprimento o
Dr. Carlos Eitor Machado Rodrigues, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo/RS, em nome do Ver. Bernardino
Vendruscolo, do Ver. Dr. Raul e do Ver. Sebastião Melo também. Quer dizer que
embaixo da moita não tem um tesouro? Embaixo da moita tem uma pedra. Foi bom o
senhor vir aqui, pois nós somos bombardeados, ultimamente, com manchetes
garrafais de que o negócio do século foi feito envolvendo a comunicação do Rio
Grande do Sul. Depois, outra bomba: “Negócio petroquímico no Rio Grande do
Sul”.
A Braskem, todo o mundo sabe, é do Grupo Odebrecht,
e quem não conhece o Grupo Odebrecht? Numa boa! Quem não conhece o Grupo
Odebrecht? Então não é Braskem, é Odebrecht! Aí, o senhor
vem aqui e diz que dois mil funcionários foram demitidos quando a Braskem
assumiu o Pólo Petroquímico da Bahia! Quer dizer, esse negócio bonito, esse
tesouro embaixo da moita é uma pedra, que, a partir de agora, passa a preocupar
a sociedade do Rio Grande do Sul!? Não é problema da Câmara Municipal, não é
problema da Assembléia, é problema do Governo, é problema do povo do Rio Grande
do Sul! Mais uma vez - sabe como é que é? - vem aqui e se faz o grande negócio
dos gabinetes, mas deixa no rastro a possibilidade de demissão, de criação de
problemas, de confisco até de Previdência! Isso é muito grave! Então, deixemos
de lado as manchetes dos jornais e fiquemos com as verdades que o senhor disse
aqui. E o PMDB está à sua disposição. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Exma Srª Presidenta, Verª Maria Celeste;
cumprimento o Sr. Carlos Eitor Machado Rodrigues, Presidente do Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo. Realmente, quero aqui
fazer a colocação em nome dos Democratas. As últimas negociações de que o
Estado do Rio Grande do Sul foi alvo foram um fracasso total sob o ponto de
vista da estabilidade econômica e, principalmente, de emprego dos gaúchos.
Varig:
estão aí, agora, os aposentados da Varig vendo navios. TV Guaíba: um
conglomerado todo, mais de oitenta, só em Porto Alegre, desempregados. E agora
essa concentração pegando a terceira empresa do Pólo Petroquímico, que, com
certeza, vai ter enxugamento do quadro funcional. E essa concentração, com
certeza, é danosa à livre concorrência, que estimula a produtividade, que
estimula o aperfeiçoamento, que estimula, inclusive, os empregos dos nossos
trabalhadores.
Quero
que recebam a nossa solidariedade, principalmente da maneira como foi feita a
operação, pois alguém se locupletou muito mais do que imaginamos, já há 24, no
Ministério Público, sendo investigados pelo vazamento de notícias anterior ao
fechamento do negócio, que gerou milhões, milhões e milhões para os bolsos de
alguns. O senhor tem a nossa compreensão, tem o nosso apoio; é o Partido da
Frente Liberal, agora Democratas, se solidarizando com o trabalhador do Estado
do Rio Grande do Sul. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ADELI SELL: Minha
cara Presidenta, Verª Maria Celeste; meu caro Carlos Eitor, é um prazer tê-lo
aqui, eu falo em nome da minha Bancada, a Bancada do Partido dos Trabalhadores.
Quero dizer que também estou preocupado - e sempre preocupado -, em
primeiríssimo lugar, com a situação de emprego e desemprego dos nossos trabalhadores; esse me parece o ponto chave. Além
disso, também achamos que em nenhum momento podemos apoiar qualquer forma de
monopolização, que alguns conglomerados tomem conta de todo um segmento.
Portanto
nós vamos, inclusive, pautar isso na nossa Bancada. Depois, se o senhor tiver
mais elementos do seu Sindicato, vamos querer ter acesso a eles, para que a
gente possa discutir mais e melhor esse assunto. Mas fico contente que o
Senador do nosso Partido, o Senador Paim, esteja acompanhando esse problema lá
em Brasília. E também fico feliz que, agora, os da esquerda e os de direita,
inclusive os Democratas, estão conosco. Então eu acho que agora os
trabalhadores terão muito mais apoio. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado Sr. Carlos Eitor Machado
Rodrigues, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
Petroquímicas de Triunfo, que compareceu a esta Casa para falar sobre a compra
do Grupo Ipiranga pelo Grupo Petrobras, Ultra e Braskem: em primeiro lugar, a
nossa legislação é muito falha, porque, infelizmente, quando isso ocorre, ela
não dá nenhuma garantia. O fato que está ocorrendo hoje com o Grupo Ipiranga
nós já vimos acontecer várias vezes no nosso País.
Eu
fico muito contente ao ouvir o Ver. Adeli Sell dizer que estão todos agregados,
que o Senador Paim está na luta. E eu gostaria que o Ver. Adeli também
colocasse nessa lista o nome do Miguel Rossetto, que, durante muitos anos, foi
um sindicalista atuante junto aos seus segmentos, e o senhor sabe disso muito
bem. Esse é o momento de não virarmos as costas; é o momento de, realmente,
saber quem está com os trabalhadores. É muito fácil chegar e colocar essa
situação, mas nós sabemos que não existe legislação que dê algum tipo de
garantia.
O
que propomos é uma Audiência Pública, agregando Partidos políticos, Ministério
do Trabalho e os grupos empresariais adquirentes, bem como o adquirido, talvez
isso seja o início de um trabalho no sentido de estancar um processo
autofágico, um processo de conflitos entre os senhores. Eu imagino um grupo que
tinha até então uma estabilidade e, de uma hora para outra, fica à mercê.
Em
nome do Partido Popular Socialista - e falo em meu nome e em nome da Verª
Clênia Maranhão -, coloco-me à disposição. Entendo que é importante, sim, fazer
uma Audiência Pública, trazer o Sr. Miguel Rossetto, trazer o Senador Paim,
envolver todos os segmentos e dizer, de fato, quem está com os trabalhadores do
nosso País.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Ervino Besson está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ERVINO BESSON: Minha
cara Presidenta, em nome da Bancada do PDT, nós queremos, de uma forma muito
cordial, saudar o Sr. Carlos Eitor Machado Rodrigues, que é o Presidente do
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo. Eu também acho que, diante de tudo o que foi
colocado pelas Bancadas que utilizaram seus dois minutos, o melhor caminho
seria uma Audiência Pública. Foi muito feliz, ao meu entender, o Ver. Professor
Garcia, que também apontou esse caminho, colocando as pessoas que deveriam
participar dessa Audiência Pública - Senador Paim, Sr. Miguel Rossetto -, para
que ela tenha credibilidade. Todas as Audiências Públicas têm credibilidade,
mas falo do peso de representatividade, para que a gente possa ouvir esse
extraordinário segmento, para que nós, aqui da Câmara Municipal de Porto
Alegre, possamos também dar a nossa opinião, a nossa colaboração,
principalmente, às pessoas envolvidas nessa empresa, que é um nome histórico
aqui no nosso Rio Grande e também no nosso País. Sou grato a V. Exª, minha cara
Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Após
a manifestação de todas as Bancadas, agradeço a participação do Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo, o Sindipolo, e a
participação do seu Presidente, Sr. Carlos Rodrigues, levando em consideração a
solicitação das Bancadas para uma possível Audiência Pública. A Câmara
Municipal está à sua disposição e à disposição do Sindicato. Muito obrigada.
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h31min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 14h32min): Estão reabertos os trabalhos.
O
SR. ADELI SELL (Requerimento):
Eu queria fazer um Requerimento a Vossa Excelência. Nós tivemos uma grande
perda na Cidade no dia de ontem: o ex-Vereador, ex-Deputado, ex-Vice-Prefeito
Manoel Braga Gastal, que conviveu com muitas das pessoas que estão aqui. Ele
foi uma pessoa ilustre da nossa Cidade, e eu gostaria de requerer um minuto de
silêncio em homenagem póstuma a esse político que engrandeceu a história política
do nosso Estado.
O
SR. ERVINO BESSON (Requerimento): Eu
também, na mesma linha, tinha já solicitado a V. Exª, mas quero incluir, meu
caro Ver. Adeli, a grande família, pelo menos a metade do Rio Grande, do Sport
Club Internacional, por tudo o que ele representou na sua caminhada. Acho mais
do que justo que esta Casa faça um minuto de silêncio.
O
SR. PROFESSOR GARCIA (Requerimento): Srª Presidenta, eu acho que todos já falaram,
e é notório, aqui na Casa e publicamente, a questão do Manoel Braga Gastal. Mas
eu queria incluir a Professora Esther Lia Cassel, que faleceu hoje, ela vai ser
cremada às 20h. Ester foi técnica da seleção gaúcha, uma das melhores jogadoras
de vôlei que o Rio Grande do Sul teve, esposa do pró-Reitor e ex-Diretor da
Faculdade de Educação Física da UFRGS, Mário César Cassel.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN (Requerimento): Eu gostaria também, nobre Presidenta, de incluir, nesta
homenagem póstuma, o nosso Luiz Fernando Moska, um gaúcho, um brasileiro que
soçobrou junto ao apagão aéreo do nosso País.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Deferimos
os pedidos.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos
ao
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de
tempo do Ver. Guilherme Barbosa, que transpôs seu tempo com o Ver. Ervino
Besson. Por favor, Vereadores,
comuniquem as permutas e cedências à Mesa com um pouco de antecedência, para
agilidade dos trabalhos.
Portanto,
Vereadoras e Vereadores, não podemos aceitar essa atitude e nos insurgimos
contra essa ato autoritário do DEMHAB. Adentramos o Departamento e fomos até a
sala de reunião. Lá chegando, o Sr. Antônio, representante da Direção do
DEMHAB, disse o seguinte: “A reunião está suspensa, porque nós não precisamos
de intermediários políticos para tratar de assuntos em que nós temos condução
administrativa”. Naquele momento, peguei o telefone e liguei para o Diretor do
DEMHAB, Sr. Tessaro, que estava num trabalho, ou numa representação pública no
Estado do Tocantins, e ele determinou que a reunião se realizasse e que
tivéssemos o tratamento conquistado nas urnas da Cidade, representando esta
Casa e a Comissão de Direitos Humanos, tal qual diz a nossa Lei Orgânica
Municipal.
O
Sr. Guilherme Barbosa: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pelo aparte. Bom,
ainda bem que o Diretor-Geral do DEMHAB teve bom senso, porque senão nós íamos
ficar numa situação muito preocupante. Lembro que há poucos dias este Vereador
foi proibido de acompanhar uma ação da Brigada Militar, de despejo, com poucas
pessoas, envolvendo todo aquele aparato, aquele fiasco que nós vimos aqui. Quer
dizer, se não se combate esse tipo de atitude, isso vai virar uma coisa
generalizada. E também é bom frisar que é a mesma composição de Partidos num
caso e no outro. Por sorte, o Diretor-Geral teve bom senso.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Muito
obrigado, Ver. Guilherme Barbosa. Quero dizer isso porque nós, da Frente
Popular, do Partido dos Trabalhadores, ajudamos e construímos uma Cidade melhor
no diálogo, no debate, na concordância e na discordância, e afirmei aquele dia
para a Direção do DEMHAB. O dinheiro para construir as 213 casas da Vila dos
Papeleiros foi destinado pelo Ministério das Cidades, ainda sob a chefia do
nosso ex-Governador Olívio Dutra, Ministério esse hoje dirigido pelo Ministro
Márcio Fortes. É um recurso que ajudamos a captar, assim como, se não fosse no
dia 23 de dezembro - o Ver. Bernardino acompanhou - a nossa interferência junto
ao Prefeito Fogaça, teria sido perdida a verba para a duplicação do Aeroclube,
assim como aprovamos no ano passado, aqui, em torno de 200 milhões para
investir na Cidade.
Portanto,
quando temos que fazer o debate para construir a Cidade na sua qualificação,
nós estamos sempre presentes e também estaremos presentes para verificar os
problemas de gestão e de administração que são apresentados; o nosso papel é
fiscalizar e ajudar a construir a Cidade que queremos. Diante disso, nós
estamos no debate do Plano Diretor, já foi apresentada uma proposta para a
Cidade, de revisão, uma proposta que é insuficiente para garantir a Cidade
sustentável. Por que insuficiente, Verª Margarete Moraes? Porque o acúmulo que
foi apresentado para que a Cidade possa discutir é um acúmulo que foi
construído até a última Conferência da Cidade em 2003. Em 2004, 2005, 2006 e
início de 2007, a Cidade continuou avançando e continuou crescendo, e nada foi
acrescentado de novo. Portanto, o que está em jogo neste momento é uma
compreensão do tema do Planejamento Participativo. A Secretaria Municipal do
Planejamento não está exercitando o tema do Planejamento Participativo, que é
poder apresentar uma proposta dos avanços da Cidade, que, aí sim, possa ser
discutida com a comunidade. E eu trago aqui alguns temas.
Na
estratégia de desenvolvimento econômico, Ver. Guilherme Barbosa, não tem um
item que aponte para um redirecionamento do desenvolvimento econômico. Nós
discutimos, Ver. Newton Braga, o campo da tecnologia da informação e da
comunicação. Nós vamos debater, e já deveria estar vindo junto qual é a
estratégia que o Município tem que apresentar para o desenvolvimento econômico,
aproveitando o Ceitec, o Tecnopuc e os outros, claro que sim. Entendemos que
deveria ter vindo isso, mas não veio nada.
No
sistema de transporte, nós evoluímos, Ver. João Antonio Dib, para reintroduzir
o tema do ferro, ou seja, o transporte através de trem em Porto Alegre, como
compreensão, como diretriz política, como conceito, ou deixaremos passar mais
este momento? Não foi apresentado nada nesse sentido.
Quanto
às áreas de qualificação ambiental: em 2000, quando aprovamos o Plano Diretor,
foi dito que elas teriam que ser regulamentadas. Há um estudo pronto que está
dentro da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, a SMAM, que o Instituto de
Ecologia da UFRGS elaborou. Por que não foi apresentado esse estudo, Verª
Margarete, a título do que foi trazido sobre as Áreas de Interesse Cultural?
Além
disso, no campo da habitação, nunca houve no País um Projeto que destinasse
tanto recurso para a habitação popular, Vereadores e Vereadoras. Só este ano
são 19 bilhões que estão sendo destinados; quatro bilhões para o saneamento
básico, a título do debate que a Comissão de Direitos Humanos, sobre o trabalho
desenvolvido, Ver. Todeschini, que fizemos sábado nesta Casa, com
acompanhamento de vários outros colegas: Ver. Guilherme Barbosa, Ver. Brasinha.
Foi sexta-feira, desculpe-me. Se o Município não se qualificar, sob o ponto de
vista de adequar o Estatuto da Cidade, nós vamos perder mais um momento de
fazer a regularização fundiária da Cidade, Ver. Ervino Besson. Nós temos 612
vilas irregulares. Não temos que dizer, neste momento, que somente incorporamos
o direito da utilização do solo. Nós temos que dizer: “Quais são? Onde está
cada comunidade dessas?” E que se apresente no mapa como proposta para serem
incorporadas; que, definitivamente, elas sejam apresentadas para a
regularização fundiária, transformadas em Áreas de Interesse Especial ou
Social, ou qualquer outro formato que seja dado, mas reconhecê-las como urbanas
é importante. Nada disso está na proposta do Plano Diretor apresentada. Como
ficam essas comunidades? Vamos enfrentar esse debate. O que há hoje na Cidade,
Verª Maria Celeste, Presidenta, por onde estão acontecendo as reuniões, é o
desconforto e o descontentamento pela forma com que o Governo vem apresentando
o assunto: o Governo simplesmente vai lá, apresenta um PowerPoint e vai
embora; não há debate, não há discussão.
Senhores e senhoras, concluo o meu tempo dizendo
que o desenvolvimento da Cidade deve estar pautado no Plano Diretor, e a
proposta até agora apresentada é insuficiente para o desenvolvimento sustentado
da cidade de Porto Alegre. Portanto, precisamos e devemos aprofundar esse
debate com qualidade, porque queremos Porto Alegre inovando no seu desenvolvimento.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Ervino
Besson está com a palavra em Grande
Expediente.
O SR. ERVINO BESSON: Minha cara
Presidente, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da
TVCâmara, eu queria saudar a todos. Quero agradecer ao Ver. Guilherme Barbosa,
que cedeu seu tempo ao Ver. Comassetto, pela transposição de tempo com este
Vereador no período de Grande Expediente.
O meu pronunciamento no dia de hoje é a respeito da
reunião que aconteceu no dia 26 de março aqui neste plenário, reunião que
contou com a presença de pessoas com bastante representatividade, foram vários
segmentos, tratou-se da construção de políticas públicas com a implantação da
Escola Técnica Federal de Porto Alegre na Restinga. Vou citar algumas das
pessoas presentes à reunião, depois vou colocar a minha opinião. Quero também
destacar a Comissão, que fez uma reunião, creio, de bastante representatividade,
e, em cima disso, vou colocar uma das minhas opiniões.
Esteve presente um representante do Governo
Federal, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, do Ministério da
Educação, o Sr. Elias de Oliveira; o Sr. Toni Proença, representando a
Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local; o Professor
Aldo Antonello Rosito, nesse ato representando o Sr. Reitor da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul; o Sr. Marcelo Schimitt, Diretor da Escola Técnica
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; diversas ONGs, diversos
Sindicatos; o Sr. Celso Woyciechowski, Presidente da Central Única dos
Trabalhadores; o Senador Paulo Paim, Presidente da Comissão de Direitos Humanos
do Senado; Deputado Adão Villaverde, Vice-Presidente da Assembléia Legislativa
do Estado do Rio Grande do Sul; diversos Vereadores, a Presidenta da Casa,
enfim.
Em uma pequena intervenção naquele dia, minha cara
Presidenta, eu coloquei a minha opinião a respeito da reunião e vou hoje
colocá-la novamente, com um pouco mais de tempo, destacando a Restinga, porque
é mais uma conquista da Restinga. Disse, naquele momento, que, dos 497
Municípios que nós temos hoje no Estado, talvez a metade deles não tenha as
condições de recursos, de empresas, enfim, do que tem hoje a economia da
Restinga, que supera muito a dos nossos Municípios. Só que uma pergunta ficou
no ar, meu caro Ver. Mario Fraga, ela não foi respondida. Então eu a faço,
neste momento, mais uma vez: será que todos os representantes que estavam aqui
naquele dia, amplamente destacados por todas as pessoas que se pronunciaram,
pessoas do alto escalão do Governo Federal, têm conhecimento das condições, hoje, do Centro de
Educação Profissional João Calábria? Talvez nós não tenhamos nenhum outro que
tenha essas condições: são oito cursos profissionalizantes, com uma média de
650 alunos, e toda a estrutura que tem o Centro Social Padre João Calábria. A
Escola enfrenta uma tremenda dificuldade e não está fechada hoje graças ao
heroísmo dos Diretores e graças à ajuda que recebe de outros países,
principalmente da Itália. Muitas daquelas crianças que estão lá são
apadrinhadas, pessoas de outros países mandam recursos para que esses jovens
não perambulem pela rua, e eles estão lá, pelo menos, tendo um curso
profissionalizante no Centro de Educação Profissional João Calábria.
Até
fiz um convite, minha cara Presidenta, a essas pessoas que estavam aqui, para
que fizessem uma visita à Entidade e verificassem suas condições, seu espaço
físico, sua estrutura, que teve o auxílio de outro país. Se há dinheiro, acho
que a Restinga merece. Sem dúvida nenhuma, este querido povo da Restinga
merece, mas vamos dar condições, ajudar, para que essas escolas que nós temos
aqui não fechem, porque, se dependesse da ajuda dos nossos Governos, essa
escola estaria fechada há muito tempo. Hoje são 650 jovens - que estariam
perambulando pela rua - ganhando as refeições e sendo preparados para o futuro.
É
bom que venha outra escola profissionalizante? Claro que é bom, todos nós torcemos
para isso; agora, vamos olhar para aquelas que nós temos aqui, para não deixar
fechar. Ou será que não é momento
oportuno? Acho que nenhum de nós gostaria que se fizesse uma reunião de tamanha
representatividade, de tamanho peso, e se olhasse de uma outra forma, e não da
forma que eu penso e entendo, a de dar condições para as escolas profissionais
que nós temos aqui. Se nós saíssemos daqui agora...
O
Sr. Carlos Comassetto:
V. Exª permite um aparte?
O SR. ERVINO BESSON: Ver. Comassetto, já lhe concedo um
aparte, meu caro Presidente da Comissão. Se saíssemos agora, daqui a seis ou
sete minutos estaríamos no Centro Social Padre João Calábria, é pertinho do
Centro, pertinho de onde nós estamos.
O
Sr. Carlos Comassetto:
Ver. Ervino Besson, quero cumprimentá-lo por trazer o tema ao debate e também
pela sua participação na Audiência Pública do dia 26, que a Comissão de
Direitos Humanos propiciou nesta Casa, afirmando que isso é para nós ajustarmos
o andamento do Projeto do Governo Federal que, este ano, está programado para
implantar 150 escolas técnicas federais em todo Brasil. Porto Alegre é a única
Capital brasileira que ainda não tem escola técnica, foi contemplada com uma
delas; a Escola Técnica de Porto Alegre
será na Restinga. Na Audiência Pública de segunda-feira, nós tínhamos aqui a
representação do Senado, do Congresso Nacional, do Governo Federal, do Governo
Municipal, do Governo Estadual e da comunidade, quando ajustamos o consenso e a
contrapartida de cada um para que esse projeto aconteça como um mérito de todos
nós.
Sobre
a questão do Calábria, que V. Exª sempre traz, que é uma escola, sob um ponto
de vista, particular, nós podemos, sim, fazer esse debate; inclusive estamos à
disposição, em conjunto com as demais Comissões, para encontrar uma solução
para o Calábria, mas um projeto não inviabiliza o outro. Muito obrigado, Ver.
Ervino.
O
SR. ERVINO BESSON:
Perfeito, Vereador. Eu destaquei o peso da representatividade. Quem sabe
teremos duas vitórias para Porto Alegre, para o nosso Estado. Vamos trazer essa
Escola Federal para a Restinga, mas, juntamente, vamos dar condições para essa
entidade que nós temos e que presta um relevante trabalho - o Vereador disse
que é particular, claro, não percebe ajuda. Mas que bom que nós temos uma
escola nesse nível que não visa lucro nenhum; visa ter condições de dar
estrutura a esses nossos jovens.
Eu
faço aqui, mais uma vez, um apelo às pessoas que nos assistem pelo Canal 16 e
aos meus queridos colegas, Vereadores e Vereadoras: visitem essa escola! Visitem
a escola! Vão lá olhar, olhem a estrutura, para ver, mais uma vez, meu caro
Ver. João Dib, o heroísmo da Direção da Escola, o relevante trabalho social que
presta. Como já disse, vamos trazer uma escola profissionalizante federal. Que
bom! Mas não vamos deixar morrer a Sociedade Pobres Servos da Divina
Providência, que tem uma grande estrutura na Restinga para atender centenas e
centenas de alunos.
O
Sr. João Carlos Nedel:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu ilustre Ver. Besson,
quero cumprimentá-lo pela sua manifestação. Tenha a certeza do apoio e da
solidariedade da Bancada do Partido Progressista. Meus cumprimentos.
O
SR. ERVINO BESSON: Muito
obrigado, Vereador. Já vou encerrar, minha cara Presidenta. Eu até peço à
Comissão, que teve essa brilhante iniciativa: quem sabe lá somemos uma comissão
de dois ou três Vereadores de cada Bancada e façamos uma visita ao Centro
Social Padre João Calábria; quem sabe, nessa visita, a gente possa mandar algo
para o nosso Presidente, enfim, para aquelas pessoas que estiveram aqui e para
todos os segmentos da área da Educação, para que possam se sensibilizar e
ajudar essa grande entidade que presta um relevante e heróico trabalho social
na nossa Porto Alegre, a Sociedade Pobres Servos da Divina Providência.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada, Ver. Besson.
Está
encerrado o Grande Expediente.
O SR. DR. GOULART (Requerimento): Srª Presidenta, faço um Requerimento
verbal, solicitando a dispensa do uso do casaco, com a permanência da gravata.
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): No meu entendimento, não há problema
algum. Se alguém se manifestar contra... (Pausa.) Todos concordaram.
Passamos
às
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo
do Ver. Almerindo Filho.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, nesse final de semana
estivemos em Capão da Canoa. Viemos hoje, mas vamos retornar, porque lá está
ocorrendo o 33º Encontro Nacional de Profissionais de Educação Física. Cerca de
2.500 profissionais de Educação Física estão fazendo diversos cursos,
atualizando-se, e nós tivemos a oportunidade de participar da abertura e também
de colocar, ao longo da Estrada do Mar, inúmeros outdoors com o nosso protesto em relação à Srª Governadora Yeda
Crusius, pela forma como ela tem tratado o esporte no Rio Grande do Sul. E
trato com propriedade disso, porque fui um dos que ajudaram a eleger a Srª
Governadora; fui coordenador da campanha pelo meu Partido, o PPS, no 1º e 2º
turno, mas tem coisas na vida das quais a gente não pode abrir mão. Coloquei
nos outdoors que parabenizavam os
colegas de Educação Física a seguinte frase: “Srª Governadora, esporte não é
‘brincadeira’, é coisa séria”.
E
vou ler agora o que eu entreguei para os 2.500 colegas, e o que este Vereador
estará fazendo nas 34 Faculdades do Estado do Rio Grande do Sul. Vou visitar
escola por escola de Educação Física, até que a Governadora venha, de público,
dizer que está errada.
(Aparte
anti-regimental do Ver. João Carlos Nedel)
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sou Vereador de Porto Alegre, Vereador, mas eu gostaria que V. Exª
prestasse atenção à minha fala, porque eu sou daqueles cidadãos comprometidos:
eu estou Vereador, mas, antes de ser Vereador, Ver. Nedel - que fez uma
observação inoportuna, por acaso, no meu entendimento, mas respeito, porque
qualquer Vereador pode fazer a sua observação -, sou professor. Professor eu
serei sempre; Vereador, circunstancialmente.
(Não revisado
pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada,
Ver. Professor Garcia.
O Ver. Elias Vidal está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) O Ver. Newton
Braga Rosa está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver.
João Carlos Nedel.
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Senhoras e
senhores, muito boa-tarde, é com satisfação que eu venho a esta tribuna para
falar a respeito de um assunto que pautou os debates na quinta-feira da semana
passada. Duas manifestações me chamaram a atenção. Uma delas, a do Ver. Adeli
Sell, relacionada ao problema do aumento do ISS nos serviços de leasing, e também houve, sobre o mesmo tema.
uma manifestação do Ver. Sebastião Melo.
Antes de começar, eu gostaria de registrar a
presença nas galerias de Julian Geoffrey, que é francês, mora em Paris e foi
aluno da UFRGS durante um semestre em um programa de intercâmbio que a
Universidade mantém com a Universidade de Grenoble, ou seja, estudantes daqui
vão para Grenoble, fazem um semestre na França, e, em contrapartida, alguns
estudantes de lá vêm para cá. Foi em sala de aula que eu tive o prazer de
conhecer o Julian, que se mostrou um aluno brilhante, um profissional muito
competente. E eu tive a honra e o prazer de indicá-lo para uma empresa dinâmica
de informática chamada Jans, onde ele teve oportunidade de mostrar todo esse
talento. Deixou saudades o Julian. A nossa saudação e a gratidão pelo tempo de
convívio que tivemos. Bom, o que o Julian faz lá na França? Ele trabalha em uma
empresa que faz software para gerenciamento de risco bancário, tanto
crédito como riscos de mercado, e o nosso assunto é bancos.
Existe a impressão de que, se nós
aumentarmos a alíquota de ISS de 2% para 5%, nós estaríamos, na visão de
alguns, diminuindo o lucro do sistema bancário. Eu tenho uma visão diferente,
eu acredito que taxas e tarifas bancárias são todas pagas pelo usuário final.
Se nós aumentarmos o imposto sobre o leasing, isso vai virar custo, e o
banco vai repassar para o custo do leasing. E, se alguém pensa que só
grandes empresas fazem leasing junto a bancos, está equivocado, a
maioria das pequenas empresas brasileiras não têm capital suficiente para
imobilizar num automóvel ou numa caminhonete destinada à entrega de
mercadorias. O leasing, apesar de caro, às vezes é a única alternativa
para que ele possa tocar o seu negócio. Ou seja, quem paga o custo do leasing
é o pequeno empresário, quem paga custo de tarifa bancária é o usuário final.
Existe uma teoria econômica já
consolidada que levanta a tese de que empresas não pagam impostos, empresas
recolhem impostos; esses impostos serão cobrados nas etapas seguintes da cadeia
de comercialização de produção. Eu vou pegar um exemplo que acho que é bem
interessante. Imaginem um refrigerante que, na porta da fábrica - que fica lá
em Cachoeirinha -, custa um real. Se o refrigerante custa um real, significa
que esse um real já contém os custos de fabricação e todos os impostos
referentes à sua fabricação lá em Cachoeirinha. Se um distribuidor, que fica na
Lomba do Pinheiro, compra por um real e vende por R$ 1,50, nesse valor de R$
1,50 já estão contidos todos os impostos da etapa de fabricação e também da
etapa de distribuição; porque, se o empresário esquecer de colocar algum
tributo, ele vai ficar numa situação difícil. E, no instante em que um bolicho,
um barzinho da Av. Bento Gonçalves comprar por R$ 1,50 e vender por dois reais,
nesses dois reais estão todos os impostos das três etapas da cadeia de
distribuição que nós acabamos de analisar aqui. Ou seja, se por acaso a pessoa
comprar esse refrigerante lá no bar para revender, não tem importância, ela não
vai pagar os impostos; agora, no instante em que ela puxar a argolinha da lata
e abrir a latinha de refrigerante, naquele momento ela está pagando todos os
impostos da cadeia produtiva.
Verª Neuza
Canabarro, quando se diz que a carga tributária brasileira é 40% do PIB,
aproximadamente, dá para imaginar que numa latinha de refrigerante 40% é
imposto, 60% é líquido - é o refrigerante que nós iremos consumir. Se for uma aguardente, é 75% de
impostos.
Resumindo,
como nesta Casa estaremos votando, em breve, um assunto da permanência ou
aumento da alíquota de ISS sobre operações de leasing, eu gostaria de
lembrar que qualquer aumento de imposto vai ser pago pela última etapa da
cadeia, normalmente a mais fraca, que é o usuário, é a pessoa física, é o
pequeno empresário. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada,
Ver. Newton Braga Rosa.
A
Verª Margarete Moraes está com a palavra em Comunicações.
A
SRA. MARGARETE MORAES: Srª
Presidenta, Verª Neuza Canabarro; Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores,
logo após passarmos a semana de aniversário da Cidade - a Semana de Porto
Alegre -, pode parecer uma redundância uma afirmação, mas ela precisa ser
repetida e reconfirmada: o espaço público da nossa Cidade, ou de qualquer
cidade do Brasil e do mundo deve ser cada vez mais republicano, deve ser de
todos e de todas.
Nesses
dezesseis anos em que estivemos no Executivo da Cidade, criamos uma relação e
consideramos que Porto Alegre tem um pouco de provinciana e um pouco de cidade
cosmopolita - e eu acredito que isso não seja um defeito, mas uma qualidade. É
provinciana porque ainda há lugares na nossa Cidade - cada vez menos, mas ainda
existem - em que as pessoas podem colocar as cadeiras na calçada, onde os
vizinhos podem conversar ainda. E a Cidade é cosmopolita porque é a cidade das
novas tecnologias, da fibra ótica, da Incubadora Empresarial e Tecnológica, do
Ceitec, na Lomba do Pinheiro.
É
uma Cidade que aposta nas novas tecnologias, que é contemporânea e que tem uma
irmandade solidária com os demais povos, com os emblemas maiores, cujo símbolo
do Fórum Social Mundial é a Cidade de Porto Alegre - e isso nos orgulha muito.
Nós, da Administração Popular, sempre respeitamos e valorizamos muito algumas
características da nossa Cidade: de ser e se manter como uma cidade plural,
abrigando várias raças, várias etnias, vários povos que contribuíram com a
grandeza de Porto Alegre.
É
uma Cidade que deve ser preservada e querer continuar sendo democrática, e não
basta ganhar as eleições, porque a democracia não acaba nas eleições. É uma
Cidade participativa, e eu acredito sinceramente que a maior herança que nós
deixamos para Porto Alegre foi a participação popular, e eu considero isso um
bem imaterial, Verª Maristela: as pessoas de Porto Alegre querem continuar
contribuindo e construindo o futuro da nossa Cidade em conjunto com os
Governos. É uma Cidade ecumênica, de todas as crenças, de todas as religiões, e
eu quero manifestar que me sinto muito preocupada com as últimas declarações do
Papa.
É
uma Cidade inclusiva, sem barreiras, dos conselhos setoriais, do Conselho do
Orçamento Participativo, das comissões de cultura nas regiões. Quando nós
saímos, nós deixamos dezesseis comissões de cultura funcionando, hoje só duas
estão funcionando, a Comissão da Leste e a Comissão do Cristal, em que sobravam
códigos de convivência, critérios comuns de decisão. Não era a Cidade do
“salve-se quem puder”, que é hoje. Porque havia um controle social muito forte,
inclusive incentivado pelo Executivo. E o que se vê hoje é o desmoronamento de
uma consciência social, Ver. Todeschini, e recebemos denúncias todos os dias,
sobretudo da sujeira e da insegurança em Porto Alegre.
Agora
eu recebo uma denúncia de que uma funcionária da Saúde, que estaria trabalhando
no setor de compras da Secretaria Municipal da Saúde, estaria envolvida com o
caso, de triste lembrança, das órteses e próteses do Hospital Cristo Redentor.
E eu recebi outra denúncia, dessa vez do Diretor do Atelier Livre da
Prefeitura, que é um funcionário que tem a sua Direção eleita - isso conforme
uma lei desta Casa - e que demonstra que está publicizando, Ver. Adeli, o
estado atual do Atelier Livre da Prefeitura. Isso nunca foi visto em tantos
anos de funcionamento, nos mais de 40 anos do Atelier Livre; está numa situação
difícil e pede socorro. E esse relatório ele não mandou para mim, mandou para o
Secretário Municipal da Cultura, mandou para o Prefeito José Fogaça, ele agora
está dando publicidade. E nos utilizando desta tribuna queremos apelar ao
Prefeito para que dê uma olhada no Atelier Livre da Prefeitura, porque o
Atelier está pedindo socorro.
Por
fim, Verª Neuza, queria falar ao Ver. Ervino Besson sobre a Escola Calábria,
que todos respeitamos, que é uma escola privada, é uma escola particular, mas
merece ajuda, e eu queria perguntar ao Ver. Ervino Besson se ele já pediu a
ajuda do Governo do Estado ou a ajuda do Prefeito Fogaça para essa Escola.
Naquilo que compete a nós, do Governo Lula, vamos encaminhar o seu apelo, agora
V. Exª deveria pedir, em primeiro lugar, para os seus companheiros.
Por
fim, quero deixar minha profunda solidariedade à Presidenta Maria Celeste com
relação a essas calúnias, verdadeiras mentiras, calúnias maldosas que são
passadas às Organizações Não-Governamentais que defendem com sinceridade os
animais desta Cidade. Eu concordo com eles, é que às vezes uma mentira muitas
vezes repetida se transforma em verdade. A gente não pode deixar - nunca! - de
ter ética, sobriedade e, sobretudo, a gente deve sempre preservar a verdade nas
relações. Obrigada e desculpe-me por passar um pouco do tempo.
(Não
revisado pela oradora.)
(O
Ver. João Calos Nedel assume a presidência dos trabalhos.)
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, como foi no final de semana, provavelmente esta Casa ainda não
tenha sido comunicada. Só para lembrar o aniversário de uma amiga muito querida
nossa, que já foi Presidenta - e sempre será - desta Casa, que é a companheira
Verª Margarete Moraes, que aniversariou no sábado.
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): A
Vereadora já foi homenageada com muito carinho.
O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em Comunicações, por cessão de tempo
do Ver. Mario Fraga.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Ver. João Carlos Nedel; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, assistência do Canal 16, eu
quero também me manifestar em relação ao pronunciamento do Ver. Ervino Besson.
Ele tem toda a razão, a Escola Calábria é uma escola exemplar. No ano passado,
Verª Margarete Moraes, o Governo Lula, através de um Projeto enviado para lá,
aportou à Escola Calábria mais de 400 mil reais, formando cerca de 450 jovens.
E outros Projetos já estão encaminhados, e eles têm retorno concreto, sim, são
importantes parceiros da comunidade. Só para fazer este registro, porque já houve
aporte de recursos, e há outros Projetos em andamento, no Governo Federal,
junto à Secretaria de Escolas Técnicas. Inclusive na Audiência realizada na
Restinga no ano passado, houve um encontro do Secretário Eliezer Pacheco e da
Secretária Jaqueline Moll com a Direção da Escola Calábria. Portanto, é uma
questão importante que, sem dúvida, está andando.
Mas
eu queria também fazer um questionamento, porque nós vemos que a Cidade tem
muitos problemas, e nós fizemos um esforço para ajudá-la, para ajudar o Governo;
agora, algumas coisas são profundamente questionáveis, pois há coisas que não
são bem explicadas, e eu acho que o Governo tem de explicar. Por exemplo: essa
senhora que está arrolada no Processo na representação para a apuração dessas
supostas irregularidades ocorridas no Hospital Cristo Redentor, relativas ao
Procedimento Administrativo nº 551, de 2002, que trata da máfia das órteses e
próteses. E uma das 25 pessoas arroladas no Processo é a Srª Ana Maria
Sturmhoebel. Eu acho que isso é
importante, pois essa pessoa é a Coordenadora da Comissão de Compras da
Secretaria de Saúde. Eu acho que merece uma atenção especial o caso de uma
pessoa que está sob investigação, não está condenada aqui, mas há um Processo
do Tribunal de Contas da União que investiga a participação dessa pessoa, entre
outras, nesse Processo que é muito contundente relativo ao Hospital Conceição,
no qual houve inclusive várias demissões.
Também
gostaria de saber do Governo quais os critérios, quem é o padrinho e qual é a
função da senhora ou senhorita Taís da Rosa Mallmann, que está lotada na Seção
de Leitura do DMAE, numa escrivaninha, sem função nenhuma, com um CC de nível
superior, enquanto faltam pessoas, enquanto há uma carência de pessoas para o
serviço, para as funções. E, pela informação que se tem, ela é apadrinhada de
Vereadores ou de Vereador desta Casa, mas não faz absolutamente nada e recebe
salário de nível superior. Então eu gostaria de saber quais foram os critérios,
qual é a função e quem é que indicou essa funcionária.
Assim
como nós aguardamos explicações do Prefeito sobre a nomeação do Sr. Garipô
Selistre, que foi demitido - ou diz que se demitiu - da PROCEMPA, jogando uma
série de suspeitas, denúncias de uma ação escandalosa, e recebe como prêmio uma
nomeação na PROCEMPA, com salário bastante atrativo. É importante que o Governo
explique aqui, até porque está abafando o nosso Requerimento que pede a
instauração de uma CPI.
No mais, faço coro às palavras do Ver. Garcia,
porque há informações de que a Governadora Yeda pretende cortar recursos das
subvenções da Emater também na direção do sucateamento daquele importante e
fundamental órgão da estrutura do Estado do Rio Grande do Sul. A Governadora
parece que não tem critério e age, no meu entender, de forma irresponsável,
porque eu sei que ela afirmou perante pessoas que têm liderança e têm
autoridade nesta Cidade que fará um corte e um enxugamento na Emater, o que
certamente virá em prejuízo do conjunto da comunidade gaúcha, em especial dos
pequenos agricultores, da agricultura familiar e das populações excluídas, como
pescadores, indígenas, quilombolas e sem-terra, que são o público-alvo da
Emater, com seus 2.500 funcionários, aproximadamente. Então coloco o nosso
alerta e o nosso protesto, porque isso não pode acontecer. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Haroldo
de Souza está com a palavra em Comunicações.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr.
Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; Vereadores e Vereadoras, amigos que aqui se
encontram e que nos acompanham pela televisão, esses dias estava ouvindo, e
parece que há um Projeto parecido com este que vou ler (Lê.): “Torna
obrigatória a inspeção anual do estado geral de saúde dos alunos dos
estabelecimentos da rede pública municipal de ensino de Porto Alegre”. Esse é
um Projeto meu que está tramitando na Casa, ele é simples, é um exame clínico.
E me parece que há um outro Projeto, Ver. João Dib, circulando, que fala em
minúcias, detalhes, parece que há exames de coração, ou coisa parecida. Esse é
mais simples, e, no caso, se o Vereador que está com esse outro Projeto em
tramitação desejar, poderíamos unir, fazer a união dos dois Projetos e
facilitar.
Quero cumprimentar a Guarda Municipal, que agora só
depende da legalização do porte de armas, da revogação de uma Portaria
Municipal que proíbe o uso de armamentos em parques e praças. A legalização
deve ocorrer neste mês de abril, já que no dia 29 a Polícia Federal liberou o
porte de armas para a Guarda Municipal de Porto Alegre, como não poderia deixar
de ser.
Quando fui eleito Vereador de Porto Alegre, eu vim
para cá com o primeiro Projeto, eu acho que foi a formação de casas-lar, vejam
bem o termo: casas-lar. Foi quando empolgado com o Tarso Genro, que era
Prefeito, achei que tudo a partir daquele instante iria correr legal. O Tarso
assumiu em janeiro, prometeu até junho, entramos com o Projeto, e nada
aconteceu, e agora usam o termo casas-lar. Eu quero cobrar aqui do Prefeito
Fogaça: ele disse no dia 28 que as crianças são a prioridade na sua gestão -
prioridade na sua gestão! -, aumentou de 57 milhões para 70 milhões a verba
para esse fim e disse que vai brigar pela formação das casas-lar. Eu só espero
que o Fogaça não fique naquela que fez o Tarso, dizer que vai fazer - porque no
ano que vem há eleições -, que está cuidando das crianças, mas na real, na real
mesmo, ele acaba não fazendo.
Espero que isso não seja só matéria para jornal,
para ficar aqui. (Mostra manchete de jornal e lê.) “Crianças de rua são
prioridade”. Já se diz que, depois da posse de Fogaça, diminuíram os números de
crianças de rua em Porto Alegre. Eu acho que não. Talvez eu ande na Cidade só
no horário que têm crianças de rua, e o Prefeito Fogaça e seus assessores andem
nas ruas só na hora que não têm crianças de rua; ou então a cidade de Porto
Alegre é uma, e a que ele enxerga é outra; ou eu estou no avesso, eu não sei.
Mas continuamos com muitas crianças de rua, disso eu não tenho a menor dúvida!
Eu fico com um pé na frente e outro atrás, porque o
Tarso já havia prometido que tiraria as crianças de rua; “deu no pé”, fugiu,
hoje é um figurão da República Federativa do Brasil. O Fogaça parece que quer
reeleição no ano que vem, e aí lança essa bandeira da criança de rua. Retire
todas as crianças de rua até o ano que vem, que eu vou para o palanque com o
senhor, Prefeito Fogaça. Do contrário, vou começar a cobrar!
Agora,
nos segundos que me faltam: não tem jeito mesmo o Presidente Lula, ele deu
posse ao Senador Alfredo Nascimento, e agora se sabe, pelas revistas semanais,
que ele foi forçado a dar porque havia feito um acordo há um anos, quando o
Alfredo deixou o Ministério para disputar o Senado. Naquela ocasião, o Alfredo
- grande Alfredo! -, que fez tanta burrice no Ministério dos Transportes, saiu
de lá com um processo no “lombo”. Ele tem processo da sua eleição a Senador, e
vira Ministro?! Mas o Lula falou em Gerdau e Antonio Ermírio de Moraes e vai com um
homem que pode ser cassado como Senador. Mas e aí? Porque ele fez um acordo, e
foi este: em troca, ele se elegeu, Alfredo, ao Senado; o seu Suplente, o tal de
João Pedro Gonçalves, do PT, que é amigo do Lula, assume então no Senado, no
lugar do Alfredo, que vai para o Ministério. Vocês entenderam? Mas espera aí!
De que forma o brasileiro pode esperar alguma cosia que saia da República
Federativa do Brasil, lá de Brasília? Não, o Senador assume como Ministro,
ameaçado de ser cassado como Senador! Ao deixar o Senado, assume o Suplente que
é amigo do Lula? Quando Roberto Jefferson diz às revistas que está vindo aí
outro “mensalão”, a gente começa a acreditar!
Olha, o cheiro que vem de Brasília está parecido
com o cheiro de Brasília do ano retrasado e passado. Isso é profundamente
lamentável! Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC. Nº 5922/06 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 244/06, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que cria o Programa
Gostar de Ler, que se constituirá por meio de parcerias entre o Executivo
Municipal e a iniciativa privada, com o fim de promover a utilização e a
modernização dos acervos bibliográficos dos espaços públicos municipais,
realizando-se, uma vez por semestre, semana de sessões de leitura de obras
literárias de autores brasileiros e portugueses, e dá outras providências.
PROC. Nº 5926/06 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 248/06, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que assegura aos
deficientes físicos o direito ao pagamento da meia-entrada em estabelecimentos
culturais e de lazer, no Município de Porto Alegre e dá outras providências.
3ª SESSÃO
PROC. Nº 5925/06 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 247/06, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que institui a Semana
Cultural do Artista Especial, que será realizada anualmente e terá sua abertura
oficial no dia 21 de agosto, determina a realização de atividades do Evento e
dá outras providências.
PROC. Nº 5927/06 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 249/06, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que obriga as
instituições bancárias que mantêm caixas eletrônicos a adaptarem esses
equipamentos ao acesso e uso por portadores de deficiência físico-motora e dá
outras providências.
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, na quinta-feira eu falava
sobre o ineditismo do fato da Verª Neuza Canabarro ter quatro Projetos na Ordem
do Dia, dois deles em 1ª Sessão de Pauta e dois em 2ª Sessão. Hoje nós
continuamos, só que o ineditismo é maior: não há nenhum Projeto de Lei em 1ª
Sessão! Isso é raro nesta Casa! A fúria legiferante aqui é impressionante! Mas
a Verª Neuza continua na Pauta, só ela, com quatro Projetos, dois deles em 2ª
Sessão e os outros dois em 3ª Sessão de Pauta. Portanto, a última discussão de
Pauta.
O último dos Projetos da Verª Neuza Canabarro é o
“que obriga as instituições bancárias que mantêm caixas eletrônicos a adaptarem
esses equipamentos ao acesso e uso dos portadores de deficiência físico-motora
e dá outras providências”. Sempre tem, ao longo do tempo, alguém tentando fazer
algo àqueles que têm problemas. Até é muito importante. Lembro aqui o Ver.
Frederico Barbosa, que queria orelhões especiais para os portadores de nanismo, ou seja, para os anões; então, teria de
ter um orelhão mais baixinho, para que eles pudessem usar o telefone nas ruas
de nossa Cidade - os orelhões, como são chamados.
A
Vereadora também institui a Semana Cultural do Artista Especial, também voltado
aos artistas com deficiência física. Eu já vi algumas obras de pessoas que têm
dificuldades imensas até, elas fizeram telas muito bonitas e com muito
sentimento. Não sei se não existe nada nesse sentido já nas legislações todas
que nós temos, porque fizemos muitas leis, e, de repente, há semelhança entre
uma e outra.
Já
o Programa que a Vereadora pretende implantar, o chamado Programa Gostar de
Ler, este me parece inédito mesmo e de bastante importância, porque é preciso
fazer com que os nossos jovens leiam, leiam e leiam, porque, se a pessoa não
lê, se o jovem não lê, mais tarde, ele não vai ler também. Portanto, ele deve
se acostumar desde cedo à leitura. E essa Semana que ela pretende fazer, esse
Programa Gostar de Ler, faz com que nas escolas públicas do Município, duas
vezes por ano, uma vez a cada semestre, haja sessões de leitura de obras
literárias de autores brasileiros e portugueses, fazendo com que o estudante
jovem tenha um vocabulário mais extenso, que ele tenha muito mais possibilidade
de se comunicar, o que é extremamente importante.
E
há mais um Projeto dela também que se volta aos deficientes físicos: pretende
ela que haja direito de pagamento de meia-entrada em estabelecimentos culturais
e de lazer no Município de Porto Alegre. Essa é uma providência, parece-me, que
não tem amparo legal. Mas já outros casos aconteceram, e é possível que, sendo
aprovado, haja um acordo como aconteceu nos cinemas, com o Projeto da Verª
Manuela; é possível que haja um acordo, e os deficientes sejam beneficiados por
essa iniciativa da nossa querida Verª Neuza Canabarro. Saúde e PAZ! Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni):
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ADELI SELL: Meu caro Ver. Oliboni, na presidência
dos trabalhos; colegas Vereadoras, colegas Vereadores, eu sou daquela opinião
de que a gente não tem que apenas discutir, mas tomar posições sobre os
Projetos, a começar pelo debate da discussão preliminar de Pauta.
O
Projeto propõe assegurar aos deficientes físicos o direito de pagarem a
meia-entrada em estabelecimentos culturais e de lazer, e eu quero questionar
esse assunto. Conheço pessoas que têm problemas de deficiências e que têm muito
mais condições de pagar do que outros que não têm deficiência. Então isso está
errado!
Vejam
o “mico” que alguns “bacanas” pagaram, na semana passada, no Theatro São Pedro.
Eles mandaram seus filhos, com carteirinha, comprarem ingresso para eles
assistirem a um evento no Theatro. Na hora do evento, solicitaram que eles
apresentassem a carteira, tendo eles respondido que haviam esquecido a carteira
em casa. O Theatro teve que abrir um outro caixa para que essas pessoas
complementassem o pagamento! Isso foi noticiado na televisão! Isso é um escândalo!
É a política do jeitinho! Se nós aprovamos meia-entrada para estudante é porque
o estudante tem gastos para comprar livro, para ir à escola, para fazer
trabalho, etc. Por isso é meia-entrada para estudante! Por isto as pessoas de
mais idade estão pagando menos: para que elas possam ter acesso ao lazer. Não é
para fazer “trampa”, mas, infelizmente, é o que nós estamos vendo hoje! Daqui a
algum tempo, nós não teremos mais acesso a um cinema, a um evento cultural. É
muito interessante dar desconto, mas eu quero ver quem vai pagar a conta!
É
como no caso dos ônibus! No sábado, num almoço na Vila Elizabeth, um rapaz me
perguntou se ainda existia o passe livre e comentou que, nesses dias, fica
impraticável o uso do ônibus. Quer dizer, nós temos que observar essas coisas.
Isso foi importante numa determinada época? Foi importante. Mas será que
precisa ter doze vezes por ano? Será que não seria importante restringir, por
exemplo, para o dia da eleição do Conselho Tutelar? A gente vem aprovando
coisas, aprovando por pressão daqui e dali. Esses dias eu ouvi aqui nesta Casa:
“Ah! Para mim, não tem problema não aprovar, porque eu vou largar um material
para dizer que não aprovaram!” Pois eu não voto projeto ilegal, que eu acho que
é ilegal; não voto. Então, não me venha com esse papo! Esse negócio de
populismo não dá. Então, vamos discutir essas coisas como elas têm que ser. Eu
acho que isso aqui não está certo, é equivocado; nós temos que discutir
isenções. Nós temos que fazer muito mais movimentos na área cultural, com os
equipamentos, para que mais e mais pessoas possam ir, com atividades que se
fazem. Eu sei, por exemplo, que tem um shopping em Porto Alegre que faz
muitos eventos para a criançada, de manhã, que não paga nada. Agora, isso é marketing
desse local; é importante que se construa uma relação com essas pessoas.
Outro
Projeto é o que trata do Programa Gosto de Ler. Sou favorável. Agora, é
impressionante! Eu imagino: nós vamos aprovar isso aqui; aprovamos a Feira do
Vinil, dos CD’s e do disco, e a Prefeitura abandonou, não faz mais. Fui ao
Secretário, de novo: “Vamos conversar, vamos ajudar, vamos mobilizar”. Não, o
Governo não quer, não faz, é um desrespeito ao Legislativo.
Então,
algumas coisas que a gente faz aqui são para fazer “auê”, porque resultado a gente
depois não tem, porque o Executivo não faz, não quer, não tem interesse, não
vai dar força para aquele Vereador. Eu acho que nós estamos num momento em que
as pessoas têm que levantar a voz, têm que dizer o que pensam. Nós temos que
votar projetos, dizer sim ou não. Se não votarem num projeto... Esses dias foi
derrubado aqui um projeto meu; tem problema, vou discutir, vou levar como
Pedido de Providência, vou mostrar ao Prefeito que é correto, vou chamar a
entidade para ajudar a mobilizar, mas é o seguinte: projeto que a gente
apresenta aqui é para ganhar e para perder, não existe esse negócio de que tem
que passar, “voto no teu, você vota no meu”, não existe isso. Não existe isso!
Então, eu acho que é um bom momento para a gente fazer um bons debates. Estou
gostando que alguns Vereadores, neste ano, estão “peitando”, estão votando,
mostrando a sua opinião sem medo. Não tem problema quem votou contra um Projeto
meu! Não é nada pessoal; são diferenças que existem. Que troço horrível seria o
mundo se todo o mundo pensasse igual. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni;
nobres Vereadoras, Vereadores, enfileiraram-se os Projetos da nossa colega Verª
Neuza Canabarro, todos eles de um cunho bastante socializante, talvez de um
alcance meritório, mas, dentro do meu ponto de vista, dentro do meu
pragmatismo, em relação a essa coisa de advogar meia-entrada, ônibus gratuito,
todas essas coisas que venham a baixar o preço para determinada camada social,
eu tenho um pensamento um pouquinho diferente. Em todas as categorias - nossos
aposentados, nossos idosos, nossos estudantes, nossos deficientes físicos -,
nós temos estudantes e “estudantes”, Ver. Luiz Braz, nós temos brigadianos
fardados com certas patentes que dão uma diferenciação. O meu viés é mais para
toda aquela população que realmente necessita desses bens, e não generalizar
por associações, por sindicatos, ou seja lá o que for.
Vejamos
quanta injustiça a gente comete em cima disso. Eu, daqui a dois anos, terei o
direito a ônibus de graça, só para citar um exemplo. Eu me sinto mal, não ganho
muito lá fora, em torno de dois a três mil reais. Mas eu ter ônibus de graça,
enquanto pessoas necessitadas, desempregadas, que precisam não têm? Acho que
quem está pagando as contas dos nossos ônibus são os desempregados, porque
esses não têm vale-transporte, esses não têm nada.
E
agora temos um Projeto que vamos colocar em votação que eu acho que pode
reparar uma das injustiças de tantas que nós temos, porque as injustiças
sociais é que fazem com que alguns setores se sintam atingidos, sintam-se
melindrados, sintam-se revoltados, e acaba acontecendo o que aconteceu com os
nossos controladores de vôo. Nada justifica a greve, porque nós, militares,
estamos proibidos, mas também por consciência própria, mas alguma coisa os
levou a isso! Eu trabalho e vejo que eu ganho dois, outro ganha quatro, e os outros
ganham muito mais! São essas injustiças que nós, que queremos ser republicanos,
temos que cuidar. A mesma coisa o nosso brigadiano: passagens de ônibus, o
Soldado e o Cabo não têm vale-transporte. Então ele tem que ir fardado para
poder ter direito ao passe livre, quer dizer, são essas as injustiças. A mesma
coisa eu vejo aqui com os nossos deficientes: há aqueles que têm condições de
pagar ingresso cultural inteiro; e há aqueles, logicamente os sofridos, que não
têm. Eu acho que o poder discriminatório não pode ser via deficientes, via
sindicatos, via brigadianos, seja o que for, mas, sim, pela real necessidade de
cada um. Nós temos estudantes que podem pagar três, quatro ingressos inteiros,
mas há aqueles que, realmente, precisam não de meia-entrada, mas do ingresso
gratuito nas casas culturais - ainda que o estudante, por ser estudante, é bom
que a gente leve ele a freqüentar projetos culturais.
Eu
tenho esse posicionamento, o Projeto até seria meritório, mas, sob o meu ponto
de vista, vamos pensar muito se tivermos que votar a favor. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, lá por 1492, Gutemberg lança o primeiro livro no
mundo saído do prelo, e a Bíblia é talvez o livro mais vendido da humanidade
desde então. E, desde então, o gráfico do livro teve uma ascensão fantástica,
que culmina com a presença, nos séculos XVIII XIX e XX, de grandes escritores,
e, entre os escritores, há Eça de Queirós, que tem um livro chamado “O Primo
Basílio”, cuja exposição do capítulo inicial, Ver. Braz, tem trinta páginas
descrevendo a volta do primo Basílio de Paris, encontrando já a prima casada, a
chegada dele numa casa que ele não conhecia, e o que seria hoje a descrição de
um living, com todos os detalhes, com
todas as peças artísticas. Pois esse mesmo livro foi motivo de uma minissérie
na televisão, e esse primeiro capítulo de mais ou menos trinta páginas é
mostrado na televisão em apenas trinta segundos. A conclusão disso é que nós
vivemos a plena e magnífica era da imagem, quando trocamos a leitura pela
imagem, quando o jovem tira cinco mil zeros em redação no Vestibular da PUC,
porque estamos acostumados a ver! A questão da escrita, da leitura e do
pensamento, intimamente ligados, foram relegados a um plano secundário. E, por
tudo que falo, eu me refiro ao Projeto da Verª Neuza Canabarro, que cria o
Programa Gostar de Ler, que se constituirá por meio de parcerias entre o
Executivo Municipal e a iniciativa privada, realizando-se uma vez por semestre,
semana de sessões de leituras de obras literárias de autores brasileiros e
portugueses, e dá outras providências.
O magnífico deste Projeto é que nós, que
temos uma Feira do Livro maravilhosa, que temos, ainda, a efervescência de
excelentes livrarias na cidade de Porto Alegre, trazendo as obras e o
pensamento de ponta mundial para a cidade de Porto Alegre, teremos, através
desse acesso da criança porto-alegrense, do munícipe aos livros, um dos mais
belos Projetos que esta Casa pode proporcionar a Porto Alegre. Porque a questão
da leitura está ligada a uma série de fatores ambientais, circunstanciais. A
questão da leitura está ligada à disseminação do livro, à ocupação das
crianças, e toda leitura é uma antiviolência, toda leitura é um remédio contra
a depressão, a favor do espírito.
Assim
como o corpo se alimenta de substâncias naturais, a leitura faz exatamente isso
na nossa alma, pois ela é o crescimento da alma e principalmente ensina as
nossas crianças a pensar, porque o pensamento, muitas vezes, foi abolido do
nosso ensino. Hoje nós queremos que a nossa criança aprenda a criar, a pensar
e, principalmente, a gostar de uma história magnífica do nosso País, de uma
história literária, extraordinária, com grandes autores como nós temos. Nós
podemos proporcionar às nossas crianças o direito ao sonho, o direito ao
deleite intelectual e, principalmente, o direito a pensar, a pensar
diferenciadamente, pensar com alto nível de exigência e fugir dessa tragédia
que mais de 90% das nossas crianças estão destinadas: a passarem pela vida
anonimamente, mediocremente, excluídas completamente do processo. A inclusão
chama-se leitura. Eu queria dar os parabéns à Verª Neuza Canabarro por esse
brilhante Projeto.
(Não
revisado pelo orador.)
(A Verª Maria
Celeste reassume a presidência dos trabalhos)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Desiste. O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; na
pessoa de V. Exª, quero cumprimentar os demais Vereadores e Vereadoras desta
Casa, público que nos assiste pela TVCâmara, nas galerias, senhoras e senhores.
Venho nesta tarde à tribuna falar em período de Pauta e novamente gostaria de
cumprimentar a Verª Neuza Canabarro, Vereadora que integra a nossa Bancada, que
participa da Mesa na condição de Vice-Presidenta, e dizer que realmente o que
mais chama a atenção, Ver. ª Neuza, nos quatro Projetos de sua autoria que
tramitam em Pauta é justamente a atenção que V. Exª dá à questão das pessoas
portadoras de deficiência.
Sem
entrar inicialmente no mérito pontual de cada um dos Projetos ora apresentados
pela nobre Vereadora, eu gostaria de dizer que realmente é muito importante
todo esse movimento que se faz em torno de iniciativas que possam trazer
benefícios às pessoas portadoras de deficiência. Eu quero dizer que isso tem
sido uma luta constante de conscientização. Nós podemos perceber, inclusive,
por parte do Poder Executivo, uma forte tendência a apoiar questões
relacionadas a iniciativas que tragam indicativos a investimentos em políticas
públicas relacionadas a pessoas com deficiência. Por quê? Por que digo isso,
Ver. Haroldo de Souza? Porque contra fatos não há argumentos. E, quando o
Prefeito Fogaça cria a Secretaria de Acessibilidade, é porque, realmente, está
demonstrando o interesse que tem, a preocupação que tem para com as pessoas
portadoras de deficiências.
E,
nessa linha, eu quero cumprimentar a Verª Neuza Canabarro, que também tem
iniciativas nesse sentido. O Poder Legislativo também é uma ferramenta
importante para contribuir com esse debate. O Poder Legislativo pode oferecer
algumas alternativas que digam respeito a trabalhos a serem realizados nessa
área, contemplando as pessoas portadoras de deficiência. Eu gostaria de
destacar, neste momento, o Projeto de Lei nº 249/06, que obriga as instituições
bancárias que mantêm caixas eletrônicos a adaptarem esses equipamentos ao
acesso e uso dos portadores de deficiência físico-motora e dá outras
providências.
E
por que quero fazer um destaque a este Projeto, em especial? Primeiro, porque
algumas ações já foram articuladas por esta Casa e transformadas em lei.
Algumas delas, inclusive, recentemente foram questionadas e derrubadas pelo
Supremo. Uma delas, de iniciativa do Ver. Adeli, que tornou obrigatória a
questão que diz respeito à instalação de câmeras de vídeo para oferecer
segurança nas agências bancárias, o que agora, então, passa a ter uma
jurisprudência favorável; e o Projeto de Lei de minha autoria também, que
reduziu as filas de banco para 15 minutos. Eu tenho certeza de que todos os
Projetos de Lei, Ver. João Dib, que digam respeito, como este de autoria da
Verª Neuza Canabarro, a adaptações às necessidades, obrigando o sistema
financeiro a fazer investimentos, com certeza, não vão acarretar nenhuma quebra
de banco, pelo contrário, o sistema financeiro tem condições de absorver toda e
qualquer legislação que diga respeito à melhoria na qualidade de atendimento.
Nós sabemos que é o setor, hoje, que mais lucra. É o setor, hoje, que mais
aufere lucros na sua atividade. Eu tenho certeza de que essa é uma iniciativa
importante. Ela tem o nosso apoio, e tudo o que vier a facilitar, também nas
agendas bancárias, o trabalho, a vida, o cotidiano das pessoas portadoras de
deficiência na nossa Cidade, deverá ter o apoio dos Vereadores e das Vereadoras
desta Casa. Ficam essas considerações na tarde de hoje e os nossos cumprimentos
à Verª Neuza Canabarro pela sua iniciativa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Encerrado o
período de Pauta.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR. ADELI SELL: Verª Maria
Celeste, colegas Vereadores e Vereadoras, em nome da minha Bancada, a do
Partido dos Trabalhadores, eu gostaria de saber o que está acontecendo com o
Governo Municipal. Na última semana, Verª Margarete Moraes, havia dezenas de
pessoas preocupadas com a zoeira, com o caos da Cidade Baixa. Não bastam os
Portais... E, diga-se de passagem, essa pesquisa, essa abertura, essa consulta
que fizeram por 60 dias permaneceu vazia, e querem agora dar mais 60 dias. Não vai
passar, porque a Cidade Baixa não vai aceitar, o povo não vai aceitar essa
loucura que são os Portais!
Publicamente cobrei do Secretário Senna, que quer
fazer essas coisas mirabolantes, mas é incapaz de sair do seu casulo com a sua
equipe de fiscalização e ir à Cidade Baixa aos domingos, por exemplo. Devem
assistir a um filme no Guion domingo à tarde e tentar entrar na garagem, tentar
cruzar a Rua Lima e Silva! Ela estará literalmente tomada, e haverá bebedeiras
na calçada, bebedeiras na rua! Onde está a EPTC? Domingo passado um sujeito
teve o seu carro quebrado, foi arrancado de dentro do carro...! Eu fiz um
dossiê e o estou mandando para a Prefeitura e, é claro, vou mandar para a
Brigada também, que tem as suas responsabilidades, para o Denarc, para o DECA,
mas onde está a EPTC? Onde está a EPTC?! Não é apenas um caso.
Sobre a questão da Rua João Alfredo, na frente do
colégio, naquela esquina conturbada com a Rua República, nunca tem “azulzinho”,
é um caos! Uma pessoa me mandou uma foto para mostrar o que acontece na frente
do Colégio Americano, onde não se pode parar, onde não se pode estacionar, mas
há filas duplas, trânsito trancado, e nenhum “azulzinho”. Essa é a
Administração que ia fazer mais e melhor?!
Vão para a periferia, a Verª Maristela sabe do
esforço, da mobilização da sua comunidade do bairro Lomba do Pinheiro para ter
ruas calçadas, e agora o DMAE vai lá, ali no entorno do Beco da Taquara, abre
buracos e não tapa, e não é só lá no bairro Lomba do Pinheiro, Vereadora, essas
queixas são da Cidade - citei esse caso, porque V. Exª mora naquele Bairro.
Na
Vila Elizabeth, na Av. Alcides Maia, onde passa lotação, no fim da linha, há
matagal com mais de metro, gente! Onde nós estamos? E aqui ninguém fala, o
Governo não defende, não retruca, é sinal de que as coisas não vão bem. Não nos
explicam um conjunto de questões que temos levantado sistematicamente aqui, e
nós voltaremos a cobrar essas e tantas outras questões.
A escuridão: o Ver. Barbosa foi Secretário da SMOV,
a que a DIP - Divisão de Iluminação Pública - é subordinada. Quando havia 2,8%,
3% de luzes apagadas, havia um sinalzinho vermelho: “Há problemas, temos de ir
atrás”. Hoje há 17%, 20% de luzes
apagadas, e parece que está tudo bem. Perguntem às pessoas que foram ao
Instituto de Educação sobre o que viram e o que aconteceu. Não precisam
perguntar para mim, perguntem para Vereadores que circulam por esta Cidade.
Portanto, nós estamos aqui para cobrar, para
mostrar, por exemplo, o descaso com o recolhimento de lixo: cruzem pela Av.
Sertório, há um lixão; ali perto da Via Porto, há um lixão, e isso para não
falar do Secretário do Meio Ambiente, que agora foi à Europa dar uma “passeadinha”! Enquanto isso, no
Brique da Redenção, ontem, havia aquele escândalo, estão vendendo de tudo em
cima do Parque Farroupilha! Há um camelódromo a céu aberto em cima do Parque
Farroupilha! A Praça Daltro Filho é um caos. A Garibaldi, que ia ser uma
maravilha, que o Secretário Beto disse que ia resolver todos os problemas,
voltou como dantes! Assim não dá!
Eu
espero que hoje, pelo menos, o Governo fale, porque inclusive vários Líderes da
base do Governo têm vindo aqui não para defender o Governo, mas para falar
contra o Governo. E nós somos oposição e gostaríamos de obter algumas respostas
- acho que não as teremos. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. NILO SANTOS: Exma Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs.
Vereadores, Sras
Vereadoras, gostaria de, inicialmente, parabenizar a Verª Margarete Moraes por
mais um ano de vida. Também gostaria de dizer ao nobre Ver. Adeli Sell que ele
me surpreende muito, porque há quinze dias ele falou aqui, em seus discursos,
que Porto Alegre tinha 10% de lâmpadas apagadas. E agora, de quinze dias para
cá, já são 20%. Quer dizer, até dezembro nós vamos ter de andar à luz de velas
na Cidade, se continuar nesse discurso, porque aumenta assim, dobra de uma
forma tão rápida...
Também
gostaria de trazer hoje uma resposta ao Ver. Carlos Comassetto, que
infelizmente não está aqui neste momento. O Ver. Carlos Comassetto fez uma
acusação gravíssima aqui, de que foi maltratado no DEMHAB, Departamento cujo
comando pertence, neste momento, ao Partido Trabalhista Brasileiro. Em nome da
minha Bancada, eu quero dizer ao Ver. Carlos Comassetto que, se houve algum
tipo de truculência, a nossa Bancada já pede desculpas, mas não me parece ter
ocorrido isso. As informações que nós obtivemos lá do DEMHAB é que o Ver.
Carlos Comassetto chegou lá para participar de uma reunião a respeito de uma
invasão que houve na noite anterior. À meia-noite foi acertado que, na tarde
seguinte, seria realizada uma reunião. E ao Ver. Comassetto, chegando ao
DEMHAB, foi solicitado, então, uma identificação - procedimento que é feito com
qualquer cidadão nesta Cidade -, e, no momento em que o Guarda Municipal
solicitou essa identificação, o Ver. Carlos Comassetto disse que o Guarda tinha
a obrigação de saber quem ele era e, simplesmente, deu um carteiraço no Guarda!
Os
servidores são tão valorizados no discurso, mas, quando chega no frente a
frente, ali, são humilhados com um carteiraço! Como se estivéssemos no tempo da
ditadura, ou como se nós fôssemos seres superiores! O Vereador nada mais é do
que um serviçal desta sociedade, somos eleitos para trabalhar, para respeitar
as pessoas e não para humilhar as pessoas, sejam elas porteiros ou faxineiros!
Elas têm de ser tão bem tratadas quanto nós tratamos nossos colegas aqui!
Então, infelizmente, o Ver. Carlos Comassetto foi infeliz, representou-nos
muito mal lá no DEMHAB! Deu um péssimo exemplo dentro do DEMHAB! Porque ele
poderia muito bem se identificar e dizer: “Querido, eu sou Vereador em Porto
Alegre, gostaria de falar com o Diretor”. Mas não chegar lá e dizer: “Eu sou
Vereador, está aqui minha carteira!” Eu até disse ao meu Chefe-de-Gabinete:
“Mas, se existe carteira, eu também quero, porque eu não a tenho até agora”.
(Aparte
anti-regimental.)
O
SR. NILO SANTOS: Mas não
para usar para dar carteiraço! Não para dar carteiraço! Todo o mundo tem, mas
eu tenho certeza de que nenhuma de V. Exas., até agora, deu um carteiraço como
o Ver. Comassetto deu! Não era uma Audiência Pública, era uma reunião de
trabalho! E ele disse que Vereador pode entrar em qualquer reunião neste
Município sem ser barrado! Ser Vereador, queridos, senhores e senhoras, ser
Vereador exige também educação! Nós temos acesso, sim, mas de uma forma
educada, porque nós temos de ser exemplo para as pessoas. Também quero dizer
aqui que o Ver. Carlos Comassetto recebeu todas as informações, recebeu todas
as respostas, mesmo com a sua truculência, mesmo com o seu carteiraço, as
pessoas lá no DEMHAB o respeitaram como Vereador.
Então,
eu gostaria de fazer esse registro aqui e pedir que o Ver. Carlos Comassetto
retorne ao DEMHAB, por gentileza, e peça desculpas a esse Guarda Municipal: “Eu
lamento, eu estava nervoso, mas também quero dizer que o senhor tem valor, que
o senhor é gente, como eu sou gente”. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Haroldo de Souza está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu disse que as pessoas são
diferentes, um enxerga a cidade de um jeito, outro enxerga de outro. Outros vêm
aqui debochar, e acham que debochando as pessoas estão entendendo. Eu entendi
que o Ver. Nilo está vendo, também, a Cidade escurecendo. Quando a gente quer
falar, a gente tem de ser direto. Eu não conheço o Guarda ao qual o Comassetto
deve ter dado o carteiraço; agora, eu acho, e só acho, que por enquanto nós
devemos cuidar, primeiro, do nosso campo de ação.
Eu
queria fazer uma pergunta: o que é Secretaria de Acessibilidade? Foi montada em
Porto Alegre a Secretaria de Acessibilidade, Ver. Luiz Braz, e V. Exª poderia
me dizer o que é? Ver. Mario Fraga, a Secretaria de Acessibilidade foi criada?
Quando criarem a “Secretaria de Aceitabilidade”, aí é capaz que me aceitem no
bolo e discutam a Secretaria do Idoso. Porque, antes, eu pedi a Secretaria do
Idoso, fundamentada num Projeto de extrema competência, não minha, mas de um
amigo, o Ver. João Antonio Dib; um Projeto bonito, Projeto de Primeiro Mundo,
mas que está lá na gaveta do Fogaça. Depois daquilo, veio a Secretaria da Juventude,
para acomodar o Zacher, do PDT. Agora, vem a Secretaria de Acessibilidade. Mas
o que é acessibilidade? Quando criarem a “Secretaria da Aceitabilidade”, por
gentileza, aceitem-me no bolo, mas eu não quero cargos. Eu quero que vocês
executem a Secretaria do Idoso, só isso, nada mais do que isso!
Mas
o meu assunto, em Liderança, hoje, é a respeito da viagem que fiz, há vinte
dias, até Buenos Aires, em compromisso profissional. Hospedei-me na região de
Puerto Madero e fiquei com uma inveja dos argentinos, com o que eles fizeram no
porto de Buenos Aires! E nós aqui, com esta beleza incrustada, às margens do
lago Guaíba. Quantos projetos já passaram, quantas coisas já se falaram a
respeito do porto de Porto Alegre, e não sai do papel! Eu estive em Belém, no Pará,
e fui ver o trabalho do porto, é fantástico! Mas aqui acontece o seguinte: se
nós formos fazer um projeto igual do de Puerto Madero, que fica uma hora e
quarenta minutos de vôo até Buenos Aires, por favor, mandem engenheiros, mandem
técnicos, não mandem Vereadores que não entendem do assunto, mandem
engenheiros. Não adianta, por exemplo, dar viagem para dois, três Vereadores
irem a Belo Horizonte para verem como é que funciona o camelódromo de Belo
Horizonte, e agora o camelódromo daqui não sai. De que adiantou os Vereadores
irem a Belo Horizonte? De que adianta mandar Vereadores, por exemplo, a Puerto
Madero? Tem que mandar técnicos, engenheiros. Como é que se faz isso? Vão
trazer tudo mastigadinho para nós, para que possamos realmente, aí sim, com o Executivo,
realizar, no porto de Porto Alegre, restaurantes, bares, cinemas, parque
infantil, bom estacionamento, pracinhas.
Quantos
empresários já se ofereceram para bancar a realização nas imediações da Usina
do Gasômetro, no porto de Porto Alegre, para que nós tenhamos uma cara
diferente de Porto Alegre às margens do lago Guaíba? Quantos? Mas eu vou
esperar de quem isso? Vamos esperar que a Prefeitura de Porto Alegre tome
ciência? Não! A Prefeitura tem outros compromissos mais importantes. A
Prefeitura tem que ir ao Canadá e lá dizer que aqui está tudo bem. Só que o que
eu tenho a ver com o Canadá? Toronto e Porto Alegre não têm nada a ver, nem
cidades irmãs são!
Eu
quero deixar, aqui na tribuna, outro pedido. E até solicitaria ao meu Vereador,
eterno Líder, Sebastião Melo, para que pudesse me dar, na seqüência, uma
resposta. Foi inaugurado, em Porto Alegre, um bingo há três meses, mas bingo,
em Porto Alegre, está proibido de funcionar. Vocês querem me enlouquecer! Como
é que num mesmo Município se fecham casas de bingo idôneas, socialmente
falando, e deixam abrir casas de bingo que não têm razão social. Na Azenha, tem
uma funcionando; na Rua Lima e Silva, tem outra funcionando, e as casas de
bingo idôneas, de Porto Alegre, foram fechadas. São oitocentos empregos
diretos, afora os indiretos. Vocês não fazem idéia de quantas cartelas de bingo
são impressas por dia nas tipografias. Vocês não fazem idéia do que isso gera
de trabalho. Então, desemprega-se, contam história... Por favor, nós estamos
começando a temporada, e a coisa está assim?
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, o que o
homem público não pode ser, Ver. João Dib, é desinformado, porque, na medida em
que ele é desinformado e fala em cima da sua desinformação, ele acaba formando
uma opinião pública totalmente distorcida. Por isso mesmo, nós temos de corrigir
este defeito, de pessoas falarem, muitas vezes, daquilo que não entendem,
daquilo que não sabem ou, muitas vezes, do que não se lembram.
O
Ver. Adeli Sell, Líder da Bancada petista, falou nesta tribuna que, caminhando
pela Rua Lima e Silva, na Cidade Baixa, teve dificuldade de se locomover por
causa das mesas nas calçadas, das pessoas bebendo nas calçadas, dos bares
abertos, falou da rua que não dá para passar. Só que, Ver. Adeli Sell, quem
criou toda aquela cena que nós vemos hoje na Cidade Baixa foi exatamente o
Governo de V. Exª e com V. Exª na Secretaria da Indústria e Comércio. As mesas
nas calçadas, as pessoas bebendo fora, tudo isso foi criado no Governo de Vossa
Excelência. Então, vir aqui e criticar o que está hoje acontecendo na Cidade Baixa,
dizendo que não existem pessoas na rua para coibir, que o pessoal da EPTC devia
estar lá para tentar corrigir isso... Pelo amor de Deus, deveria a
Administração passada ter feito um planejamento melhor quando estava liberando
todos aqueles bares ali e quando estava colocando aquelas mesas nas calçadas.
Eu
acho que esse pronunciamento do Ver. Adeli se parece, Vereador-Líder do PTB,
com aquele que V. Exª criticou muito bem na semana passada, quando da
fala do Ver. Todeschini, que, ao atacar a Administração atual, dizendo que a
Administração atual tinha feito uma má licitação, inclusive uma licitação quase
criminosa, esqueceu que quem fez aquela licitação foi o Governo dele mesmo. Só
que ele se esqueceu de vir aqui se retratar; não veio aqui se retratar. O
Vereador do PTB veio a esta tribuna, mostrou todos os dados referentes à
licitação que foi feita, apontando as marcas dos produtos que tinham que
constar na licitação, e da consultoria do PT.
Ver. Haroldo de Souza, V. Exª é uma pessoa por quem
eu tenho muita admiração e muita estima, só que V. Exª deveria, quando da
criação da Secretaria da Acessibilidade, há mais de um ano, ter se manifestado
com relação a ela. Vossa Excelência, depois de um ano e meio da criação da
Secretaria - que é administrada hoje por um cidadão que luta muito nesta Cidade
para que a acessibilidade realmente possa se dar, que é o Secretário Tarcízio
-, veio aqui reclamar. Eu acho que V. Exª deveria conversar com o Secretário
Tarcízio, porque, eu tenho certeza, V. Exª vai mudar a sua idéia com relação ao
Secretário Tarcízio.
Estive, juntamente com o Ver. Adeli Sell, em Belo
Horizonte vendo o camelódromo. Eu sou jornalista e sou advogado, não sou
engenheiro, mas sou Vereador em Porto Alegre, só que, junto conosco, foi toda
uma delegação de pessoas competentes para poder olhar o que estava acontecendo
em Belo Horizonte e trazer, para Porto Alegre, a idéia do camelódromo da forma
como está em Belo Horizonte. E eu posso dizer, Ver. Haroldo de Souza, que hoje,
em Porto Alegre, a Prefeitura tem todas as condições de fazer o camelódromo
para beneficiar o conjunto da sociedade, não só por causa dos Vereadores que
foram até lá - não por minha causa, nem por causa do Adeli, nem por causa dos
políticos que foram até lá, só que nós fomos até lá -, mas porque nós fomos e
ajudamos a discutir o Projeto quando ele chegou aqui, porque nós conhecíamos
perfeitamente o Projeto que foi enviado para esta Casa.
Então, mais uma vez, eu vou reafirmar: o homem
público tem obrigação de pesquisar bem os assuntos quando vem a esta tribuna,
para não passar uma desinformação lá para fora, para não formar uma opinião
pública totalmente distorcida.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Srª
Presidenta desta Casa, Verª Maria Celeste; nobres Vereadoras e nobres
Vereadores, logicamente que eu não poderia fugir às minhas origens e deixar de
vir à tribuna hoje, uma vez que 31 de março foi um sábado. E lembro-me muito
bem de 43 anos atrás, quando - eu piazote ainda, de 15 anos, 14 anos - eclodiu
esse movimento. Movimento, naquela época, num mundo bi-polarizado
politicamente: a favor do comunismo, contra o comunismo. E eu aplaudi como
garoto as decisões do meu pai, Vereador no Interior.
No ano passado, quando da mesma data, eu me referi
a essa efeméride, eu disse que rogava a Deus que nunca mais precisássemos ter
um 31 de março neste País. Hoje, 43 anos depois, nobre colega Haroldo de Souza,
estamos vendo quase que se repetindo - graças a Deus, não naquelas dimensões -
a irresponsabilidade administrativa sobre certos fatos, sim, senhor.
Irresponsáveis somos nós que estamos nessa democracia, e eu fui ser militar bem
após. E outras gerações, nada a ver com a época, estão pagando as vezes pelo
revanchismo, pela malquerença do passado, as suas profissões licitamente
assumidas por concurso público e curso para poder assumir.
Mas o que mais nos machuca hoje é vermos colegas de
farda, sargentos, fazendo greve, contrariando a lei, a lei máxima, talvez, que uma nação tem que preservar, que é a
soberania do seu exército. Já falaram que não há país forte sem exército forte
também. A grandeza de um país é a grandeza do seu exército. E, se não pensarmos
assim, vamos ser sempre uma republiqueta. Mas o que não pode deixar de existir,
e isso está comprovado nos 22 anos de pós-anistia, de pós-democracia, é a
disciplina, a hierarquia e o cumprimento das leis pela nossa entidade, que
defende a nossa soberania. E não houve um caso neste Brasil até 31 de março de
2007 em que a nossa instituição não tivesse acatado as ordens do seu comandante
supremo, que foram os Presidentes da República.
Vejo,
hoje, com muita tristeza, as pilastras da nossa instituição, da nossa democracia,
sendo quebradas, que é a hierarquia, que é a disciplina, que, volto a afirmar,
é o cumprimento à lei. Agora, por que isso? Os motivos são diversos. Leis
republicanas diferentes, direitos diferentes. Como eu falei, um soldadinho da
Brigada que não ganha vale-transporte. Nós temos o nosso soldado da ativa sem
direito a qüinqüênio, a anuênio. Por que essas diferenças num País de
democracia? Nós a queremos forte. Que nunca mais se repita o que aconteceu no
passado.
Mas
eu vejo, com tristeza, que isso tudo é um pano de fundo para evitar uma CPI,
para buscar a corrupção da caixa-preta da Infraero. Usam os sargentos, nas suas
dificuldades familiares, para boicotar este País, em que o elo mais fraco não é
o sargento; é o permissionário que paga, que dorme e que está morrendo. No dia
31 de março de 1964, naquela luta comunista ou contra comunista, naquelas
propagandas que vinham do mundo externo, morreu uma pessoa. Neste 31 de março,
morreu mais uma, lá, esperando, sob a irresponsabilidade de um Ministro da Defesa,
de um Presidente da ANAC, da Infraero. Diz aqui: (Mostra jornal.) “Meu pai
morreu por causa do descaso”. Descaso de quem? Do Presidente da República, do
Ministro da Defesa? Dos homens responsáveis? Não. Eu tenho certeza de que, lá
no fundo, esse filho diz: “Morreu pelo descaso da nação brasileira para com o
meu pai”. Isto, meus senhores, eu continuo rogando a Deus: que não tenhamos
outro 31 de março; que tenhamos uma democracia justa e igualitária. Muito
obrigado, e desculpem a minha emoção.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. MARIO FRAGA: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste pela
TV Câmara, demais pessoas presentes na nossa Sessão, primeiro, quero agradecer
e fazer um reconhecimento, neste tempo de Liderança do PDT, a um Secretário que
não é do nosso Partido, o Secretário Kevin Krieger, que, prontamente, nos
atendeu na quinta-feira, quando o jornal Diário Gaúcho publicou uma notícia de
que havia um carro rondando as escolas da Zona Sul, em especial a escola de
Belém Novo. Liguei para o Secretário Kevin, e, na sexta-feira, ele já colocou,
mesmo não sendo da sua alçada a Segurança Pública na rua, e sim da Brigada
Militar - com a qual já havíamos falado -, uma viatura da Guarda Municipal no
horário de entrada e de saída da escola. Então, fica aqui o meu reconhecimento
ao Secretário Kevin e à Delegada Rejane, pelo pronto atendimento que nos deram naquela
região.
Mas
estou falando isto para que as outras regiões da nossa Cidade atentem para este
fato: há um ou dois carros com algumas pessoas dentro, convidando as crianças
para tirar fotos e tentando seqüestrar essas crianças. Nós, lá na Zona Sul, conseguimos
evitar, e esta semana ainda nós pretendemos solicitar à Brigada Militar que
fique circulando nas três escolas que temos, principalmente no bairro Belém
Novo.
Queria
falar também que, nesse fim de semana, houve a Feira do Artesanato em Belém,
uma feira que se antepõe à Páscoa, que foi realizada na Praça Inácio Antonio da
Silva e que teve uma grande afluência de público. Eu quero, junto com a
Presidente dos Artesãos de Belém Novo, a Professora Lenira, levar adiante essa
idéia, para que, no mínimo, uma vez por mês, aconteça em Belém Novo essa Feira,
que vem a beneficiar muitas pessoas que já estão em casa fazendo seus
artesanatos e tentando aumentar a sua renda.
Visitei
nesse fim de semana também duas escolinhas do Genoma do Inter, uma em Belém
Novo e outra em Ipanema. Eu, que sou gremista, gostaria de mandar por escrito
ao Presidente do Grêmio, Paulo Odone - quando ele era Vereador, nós já havíamos
falado disso; as coisas boas têm que ser copiadas, Ver. Ervino Besson, e o
Genoma do Inter é uma coisa que está acontecendo na Cidade e que deve ser
copiada pelo Grêmio -, a sugestão de fazer um projeto parecido com esse, para
que as crianças gremistas possam participar. Falo isso porque estive numa
escolinha em que foi criada uma turma separada de algumas crianças que não
gostariam de usar a camisa vermelha. Eu acho que não tem nada a ver, quando a
criança está aprendendo, está começando, acho que, para o seu bem, ela pode
usar, não vai ter problema, visto que a criança já traz de casa o que é bom e o
que é ruim. Mas em relação ao Genoma do Inter, Ver. Nereu D’Avila, eu tenho
certeza de que é um projeto bom, e vou solicitar mais uma vez ao Presidente
Paulo Odone que a gente copie ou tente montar um projeto parecido com esse do
Sport Club Internacional.
Vou
fazer uma referência também ao Ver. Nilo Santos, que tem vindo constantemente a
esta tribuna nos ajudar e colocar os pingos nos is. Eu queria dizer ao Ver.
Carlos Comassetto - ele não está aqui, mas é meu colega, e é da Região Sul -
que, se ele tivesse falado com o Nelcir Tessaro, eu tenho certeza de que ele
teria atendido e teria resolvido, pois mais gentleman entre os
Secretários eu não sei se tem. Pode ter igual, mas mais educado e mais
carismático que o Tessaro... O Ver. Carlos Comassetto teria resolvido esse
assunto.
A
Prefeitura de Porto Alegre, através da Secretaria Municipal de Esportes,
começou ontem o Programa Em Cada Campo uma Escolinha, para crianças carentes.
Em quase oitentas pontos haverá essa escolinha, com ex-jogadores da dupla
Gre-Nal - Tarciso, Bráulio, Jair e outros -, que estão trabalhando nas regiões
mais pobres da Cidade. Ontem, na Redenção, aconteceu a abertura desse Programa,
que já vem de outras datas, mas que o Secretário João Bosco Vaz tem
implementado muito mais.
Também
o Secretário Municipal de Obras e Viação, Maurício Dziedricki, nosso colega
pelo PTB, tem dado uma atenção muito grande para a Zona Sul. Eu agradeço ao
Secretário Maurício pela acolhida que me deu na Audiência em que
estivemos para tentar resolver alguns problemas. E já falei em outras ocasiões
aqui: a SMOV tem os equipamentos obsoletos, ultrapassados - não só a SMOV,
também o DEP e a maioria dos órgãos -, pois os Governos, sem exceção nenhuma,
nunca adquiriram mais equipamentos. É preciso fazer uma nova aquisição de
equipamentos, principalmente, Ver. João Dib, retroescavadeiras - que tanto
usamos em nossas vias que não são asfaltadas -, patrolas, pois são todos
equipamentos, com certeza, de longa data. Muito obrigado,
Srª Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª
Presidenta, companheira Maria Celeste; Vereadoras e Vereadores, senhoras e
senhores, todo projeto que chega ao Executivo deve ter uma orientação, um
projeto político; quando isso não ocorre, quando se está absolutamente perdido,
Ver. Haroldo de Souza, ocorre o que vimos no Município e que já começa
acontecer no Governo do Estado. Vou dar exemplos concretos para não acharem que
é discurso para fazer desgaste de Governo.
No
sábado à tarde, eu estava indo para a Restinga pela Av. João Antônio da
Silveira, e, sem nenhuma sinalização, passando a entrada da Pitinga, havia na
pista um córrego e um buraco. Resultado: furaram dois pneus do meu carro e
acabou com o amortecedor. Isso foi no meu carro! Mas deve ter havido muitos
outros casos. Liguei para a EPTC comunicando e solicitando que ali colocassem
uma sinalização. Disseram que imediatamente iam fazer isso, que até entrariam em
contato com os órgãos como a SMOV, o DMAE, enfim, para saberem qual era o
departamento. Isso foi no sábado. Na segunda-feira, retornei ao local, e nada
havia acontecido, lá estava o “buraco participativo” do Fogaça. Nada feito.
Igual! Fico imaginando, Ver. Guilherme Barbosa, com quantos carros ocorreu esse
tipo de coisa. Além do mais, na medida em que se perde a estabilidade do carro,
com a estreiteza daquela avenida, poderia ter ocorrido coisa muito pior! Graças
a Deus não aconteceu.
Liguei
novamente, na segunda-feira, para o telefone da EPTC, o 118, e o que me foi
dito pelo atendente? E é por este tipo de coisa que eu digo que existem pessoas
nobres e boas em qualquer segmento - no funcionalismo público, no âmbito
político-partidário, em qualquer lugar. Agora, quando não existe qualificação e
orientação política dá nisto. O que o atendente me respondeu, Vereador? Que era
uma questão de ordem de prioridade, que aquilo ali não era ordem de prioridade;
que eles iam aguardar e que, quando chegasse a vez, eles iriam lá arrumar.
Então, este é o Governo e essa é a situação que nós estamos enfrentando!
E eu não vou aqui falar mal do funcionalismo
público, porque quando não existe... Quem é que comanda? São as direções
partidárias ali indicadas; os Cargos
em Confiança, seja qual for a sua hierarquia. É assim que funciona. Digam-me o
contrário! Porque nós sabemos que o funcionalismo, por precariedade, por falta
de orientação, muitas vezes não sabe, fica absolutamente aquém da sua
capacidade, daquilo que poderiam realizar. Nesse caso, aconteceu isso.
Vamos pegar a questão da iluminação, que foi
colocada. Eu gostaria de perguntar ao Executivo Municipal: nas paradas seguras,
onde existe publicidade, de quem é a responsabilidade? Por exemplo, existem
paradas onde as fiações estão absolutamente aparecendo, fios desencapados, e
pode ocorrer um acidente, algum sinistro; e a maioria está sem manutenção. Eu
não sei mais... Liguei para a EPTC...
Eu não sei se é alguma concessão, enfim. Posso assegurar às senhoras e
aos senhores que não sou a única testemunha de que esta Cidade está vivendo um
“apagão”.
Nós,
da Lomba do Pinheiro, todos os dias - acho que foi o Ver. Nilo que falou da
questão das velas -, às 20 horas, estamos vivendo sob luz de vela, sim! Há um
certo romantismo, mas não é o caso porque tem mercearia, tem supermercado, há
estabelecimentos comerciais e tem também a questão da segurança. Afora as
questões das avenidas principais - saindo do bairrismo -, pegando a Av. São
Pedro, a Av. Farrapos, a Av. Sertório, é só dar uma olhadinha, está lá
para quem quiser ver, que isso não é apenas uma crítica de quem está apenas
numa situação de oposição. Não! Infelizmente, o percentual vai ser muito mais
rápido no sentido de usarmos as velas, quem vai enriquecer, na verdade, é a indústria
de velas, porque é essa a situação. De qualquer forma, eu fiz um PI solicitando
à SMOV que fale sobre a questão da parada segura. Certamente vai
explicar qual é o órgão que responsável, o Departamento ou a Secretaria.
Por fim, quero dizer uma coisa, Ver. Ismael: não me
faça chorar de tristeza nesta tribuna lembrando novamente o dia 31 de março!
Porque tortura, caserna... A caserna tem a sua estrutura e tem de ser comandada
pelo Chefe maior do Brasil. E este País tem Presidente, queira Vossa Excelência
ou não. E acho que foi tarde a questão que está acontecendo, eu sei exatamente
do que V. Exª está falando, porque deve ser sempre uma perda de hierarquia
quando tem que se subjulgar, de fato, a quem é o Chefe deste País. Eu faço
críticas a ele, inclusive, quando é necessário. Mas V. Exª tem que se dar conta
de que o Presidente deste País tem nome, é Luiz Inácio Lula da Silva, que as
instituições têm suas hierarquias, mas essas hierarquias estão, hoje,
subordinadas, submetidas a um projeto político maior, às vezes, do que a pessoa
tem na concepção, enquanto caserna. Muito obrigada. E, se Deus quiser, tortura
nunca mais!
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o Ver.
Luiz Braz falou que é um problema as pessoas que não entendem e que falam em
determinados assuntos. Eu vou falar de uma forma mais ampla: é grande a dificuldade
de alguém administrar, de fazer crescer um país, um Estado ou uma cidade quando
muita gente fala do que não entende. É um problema muito sério. É um dos
problemas mais sérios: pessoas que falam do que não entendem. Um segundo
problema é aqueles que dão o que não é seu; até porque quem dá o que não é seu
também toma o que não é seu. Então, esses são os dois problemas do Brasil. E,
de repente, até o nosso Presidente da República, por não conhecer exatamente as
suas atribuições de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas, comete o equívoco
terrível, de Washington para cá; e hoje ele tentou, no café da manhã, desdizer
o que já tinha dito, mas agora não tem mais remédio.
Por outro lado, eu vejo aqui um Deputado Estadual
dizendo que a inflação dos últimos dez anos foi de 80% e que a Receita estadual
cresceu 200%. Eu tenho todas as dúvidas do mundo quanto aos dois índices. Mas
não tive tempo de fazer uma verificação da inflação de dez anos e nem da
arrecadação do Estado, que teria aumentado 200%. Mas, pelo que eu acompanho da
arrecadação municipal de ICMS, sou levado a pensar que não houve 200% de
acréscimo na Receita
estadual.
De qualquer forma, hoje eu queria falar sobre a
iniciativa do nosso Senador - acho que do Senador Zambiasi - de fazer com que
novos Municípios possam ser acrescidos ao já extraordinário número de
Municípios que tem o Rio Grande do Sul. Segundo ele, talvez mais cem Municípios
possam ser acrescidos. E eu tenho a certeza de que um dos males do Rio Grande
do Sul foi, exatamente, em vinte anos, passar de 233 Municípios para 496. Esses
496 Municípios não trouxeram riqueza para o Rio Grande. Pode ser que alguns
distritos de determinadas cidades possam até ter melhorado; pode. Mas, na
maioria, são Municípios que não trazem Receita para o Estado; trazem mais
Despesa: precisa de Delegacia de Polícia, de juiz, de Brigada Militar, de posto
de saúde; é uma série de coisas que são necessárias, que são fornecidas pelo
Estado aos Municípios e que não são compensadas pelas arrecadações desses
Municípios que se emanciparam.
Porto
Alegre, com 500 quilômetros quadrados, em 1986, 1987, queria fazer a
emancipação do Bairro Humaitá. Era uma brincadeira, mas muita movimentação foi
feita nesse sentido, e o Prefeito da época, Alceu Collares, teve de se
desdobrar para mostrar que não era viável fazer a emancipação.
Eu
lembro que, no passado, quiseram fazer a emancipação na Zona Sul, queriam fazer
de Belém Novo um novo Município. E o Ver. Roberto Landell de Moura foi a uma reunião, e o pessoal da Zona Sul,
entusiasmado, queria fazer um novo Município; e ele faz uma pergunta para os
moradores da Tristeza: “Os senhores desejam ser arrabalde de Porto Alegre ou
arrabalde de Belém Novo?” Terminou a emancipação, não se falou mais no assunto.
Seria um absurdo; seria como Ana Rech se emancipar de Caxias do Sul. Há uma
continuidade, não há uma interrupção entre o Município e o seu distrito.
Então,
eu acho que eles estão equivocados, nós não precisamos de mais Municípios. Se
nós tivéssemos os 233 Municípios, eu tenho certeza de que estaríamos com a
Receita maior - proporcional aos 233 Municípios -, por causa da inflação, mas
nós teríamos a Despesa menor do que a Despesa que os 496 Municípios dão ao
Estado. Portanto, nós teríamos condições de ter um Rio Grande melhor, de ver problemas
transformados em soluções e não sofreríamos tanto, como estão sofrendo, agora,
alguns servidores que recebem mais de 2,5 mil e que tiveram o seu salário
parcelado, ficando a segunda parcela para ser paga no dia 10 deste mês.
E
que o PT não diga que isso é novidade, porque o então Prefeito Olívio Dutra
quis fazer isso, sendo que ele tinha dinheiro - e isso ficou comprovado -, mas,
depois, ele nunca mais falou em parcelar. Porque o PT gostava de colocar o
dinheiro do povo em CDBs; não interessava se era de funcionários ou de
fornecedores. A Prefeitura, na época, colocou o primeiro dinheiro que entrou
aqui para o SUS nos bancos, em CDBs; até que os hospitais reclamaram, e aí eles
pagaram. Então, não vale fazer crítica.
Mas,
dessa forma, eu quero dizer, Srª Presidenta - e me perdoe por eu ter avançado
no tempo -, que nós não precisamos de mais Municípios; nós precisamos de mais
Receita, de mais indústria, de mais comércio, de mais trabalho para todos os
rio-grandenses. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Havendo quórum, passamos à
Em
votação o acordo feito pelas Lideranças, que aprovam a seguinte ordem de
votação: PLCL nº 025/05, PLE nº 004/07, PLE nº 005/07, PLL nº 011/07, PLCL nº
008/06, PLL nº 079/05, PLL nº 078/06, PLCL nº 023/06, PLCL nº030/06, PLCL nº
010/05. (Pausa) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3673/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 025/05, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que
revoga o inciso V do art. 21 da Lei Complementar nº 07, de 07 de dezembro de
1973, e alterações posteriores, que institui e disciplina os tributos de
competência do Município. (exclui benefício fiscal/arrendamento mercantil)
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. João Antonio Dib: pela rejeição do Projeto;
- da CUTHAB. Relatora
Ver.ª Clênia Maranhão: pela rejeição do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 16-11-06;
- encaminharam a matéria os Vereadores
S.Melo, J.A.Dib, A.Sell e L.Braz, em 29-03-07.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o PLCL nº 025/05. Informo que
já foi discutida a matéria na Sessão passada, já estamos na fase de
encaminhamentos. Encaminharam a matéria os Vereadores Sebastião Melo, João
Antonio Dib, Adeli Sell e Luiz Braz.
Encaminha
a votação o Ver. Sebastião Melo, pela sua Bancada; ele havia encaminhado como
autor... Só um minutinho, Vereador, pois tenho dúvida... Solicito um
esclarecimento por parte da DL. (Pausa.) Ver. Sebastião Melo, esta Presidenta
estava correta na sua dúvida, V. Exª, de fato, já encaminhou a matéria. Estão
abertas as inscrições para encaminhamento para as demais Bancadas que não o
fizeram. Não há quem queria encaminhar. (Pausa.) Em votação...
A
Bancada do Partido dos Trabalhadores também já encaminhou na Sessão anterior
este Projeto. Vou repetir: já encaminharam a matéria o Ver. Sebastião Melo, o
Ver. João Antonio Dib, o Ver. Adeli Sell e o Ver. Luiz Braz. Não havendo,
então, nenhuma outra Bancada que queira encaminhar, colocarei em votação.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, o PLCL nº 025/05.
(Pausa.) Solicito o fechamento do painel eletrônico. Pergunto se algum Vereador
deseja mudar o voto.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Srª Presidente, quero trocar o voto de “sim” para “não”.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Heinen troca o voto de “sim” para “não”.
O
SR. ELIAS VIDAL: Eu
troco o meu voto de “sim” para “não”.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Elias Vidal troca seu voto de “sim” para “não”.
O
SR. ALCEU BRASINHA: Eu
voto “sim”, Presidente.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI:
Eu não sei se é possível ainda, Presidenta, eu não consegui votar. De qualquer
forma, eu votaria “sim”. (Pausa.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Segundo a deliberação da Diretoria Legislativa, não havendo apregoado o
resultado, podemos aceitar o voto do Ver. Brasinha e o da Verª Maristela
Maffei. Por gentileza, repitam, ao microfone, os seus votos.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI:
Voto “sim”, Srª Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Maristela vota “sim”. Ver. Brasinha...
O
SR. ALCEU BRASINHA: Voto
“sim”.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Registro o voto do Ver. Brasinha.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Voto
“sim”.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Registro o voto do Ver. Elói Guimarães. Declaro encerrada a votação do PLCL nº
025/05 e apregôo, então, o resultado. APROVADO por 21 votos SIM e
09 votos NÃO.
O
SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Srª
Presidente, V. Exª declarou que havia encerrado o painel de votação. No momento
em que encerrou o painel de votação, só poderiam votar... E V. Exª não tinha declarado ainda o
resultado, exatamente porque faltavam os Vereadores que iriam trocar o voto.
Como V. Exª disse que encerrou o painel de votação, a partir daquele momento
não poderia ter aceito nenhum voto a mais dentre aqueles Vereadores que não
votaram. Se V. Exª insistir em proclamar esse resultado, eu vou recorrer à
Comissão de Constituição e Justiça, para que lá possa ser dado um Parecer a
respeito da decisão da Mesa.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Por favor, Ver. Luiz Braz, encaminhe o Requerimento, por escrito, a esta Mesa.
Obrigada.
O
SR. MARCELO DANÉRIS (Questão de Ordem): Srª Presidenta, só para esclarecer que os Vereadores em
questão, trazidos aqui à pauta pelo Ver. Luiz Braz, estavam presentes no
plenário, participaram do debate e do encaminhamento, apenas não conseguiram
votar por um problema eletrônico aqui, não é por ausência do plenário, eles
estavam presentes. E há jurisprudência longa desta Casa no sentido de que os
Vereadores presentes podem dizer, sim, os seus votos no microfone de apartes.
Então, quero garantir o direito democrático de todos os Vereadores poderem
votar e de serem respeitados no seu voto.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Obrigado, Ver. Marcelo Danéris.
Já
ouvi os dois Vereadores, vamos manter a calma neste Plenário. Ouço o Ver.
Haroldo de Souza numa Questão de Ordem.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA (Questão de Ordem): É anti-regimental a gente fazer uma outra votação neste
momento? Acabaria com esse negócio de um ter chegado atrasado, o outro não sei
o que, ou já havia terminado.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Nobre Vereadora-Presidenta, gostaria de dizer que o
Regimento contempla que aquele Vereador que no Plenário está e não vota é
considerado ausente. Não tem ele o direito, depois de encerrada a votação, de
votar.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada,
Ver. João Antonio Dib.
De
acordo com a orientação recebida pela DL, o art. 176, parágrafo 1º, fala do
tempo destinado à votação; o parágrafo 2º, Ver. João Antonio Dib, fala do que é
permitido ou não durante a votação. Como eu não havia apregoado o resultado, eu
acolho o Requerimento do Ver. Luiz Braz e sugiro que a Comissão de Constituição
e Justiça reúna-se ainda hoje para dar um Parecer a essa situação, para que não
tranquemos o Projeto do Ver. Sebastião Melo, a fim de que ele siga seu trâmite
normal.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 1367/07 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 004/07,
que autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito até o limite de
R$3.676.500,00 (três milhões, seiscentos e setenta e seis mil e quinhentos
reais) com a Caixa RS.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR,
CUTHAB, CEDECONDH e COSMAM. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 02-04-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
discussão o PLE nº 004/07. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
discutir o PLL nº 004/07.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Maria Celeste, mui digna Presidenta; colegas Vereadores e Vereadoras, o que nós
vamos votar agora tem tudo a ver com a votação que acabamos de fazer. Ouvi,
numa conversa que tivemos aqui nos bastidores, que algumas pessoas não
entenderam o porquê do voto de alguns Vereadores. A nossa Bancada do PT não
vota há muito tempo por aumento de impostos. E eu pergunto: qual é a
contradição em ter votado a favor do Projeto? Porque a Prefeitura está com
dificuldades, tem que fazer esse empréstimo tanto na Caixa-RS quanto no
Banrisul, Ver. João Dib, para fazer a contrapartida ao Governo Federal, que está
dando uma verdadeira babilônia de dinheiro para Porto Alegre.
Parece
que as pessoas não leram os jornais no final de semana! As manchetes de sábado,
de domingo e de hoje, quais são? Uma instituição financeira pilantra sonega,
passa para fora do País cinco bilhões! Cinco bilhões, a Portocred! Quando eu
falo que o Estado que mais sonega é o nosso, quando eu digo aqui que nós
diminuímos 20 milhões o retorno do ICMS em 2005, 50 milhões em 2006, as pessoas
ficam pasmas! Por causa dessas falcatruas é que nós votamos esse negócio do leasing,
por um voto tático, para ajudar a Prefeitura, e vamos ajudar a Prefeitura de
novo a aprovar, Ver. Carlos Todeschini.
Nós
queremos moralizar a Casa, porque, do jeito que está, não dá! Amanhã vão dizer:
“Aumentaram os impostos”. Não! Todo o mundo sabe que essas empresas de leasing
virão para conversar; se não vierem para conversar, nós vamos ter o discurso:
“Não, eles continuam em Barueri”. Aí, Ver. João Antonio Dib, o Ver. Adeli Sell
e a sua Bancada vão entrar com um processo na SMIC, porque, dentro de várias
empresas de automóveis e outros que fazem leasing, há bancos que não têm
alvará em Porto Alegre; aí, se tem um ilícito dentro de uma empresa, aplica-se
a lei que o Ver. Adeli Sell passou aqui: todo ilícito cassa o alvará. Vai
cassar o alvará da empresa, ou as pessoas acham que a gente faz leis sem pensar
em toda uma questão de como existe a trampa na cidade de Porto Alegre? É disso
que nós estamos falando!
Nós
estamos falando de uma necessidade da Prefeitura de Porto Alegre fazer esse
financiamento para as contrapartidas do Governo Federal, exigidas pelo Governo
Federal; é por isso que nós vamos votar favoravelmente. Por isso nós estamos
aqui para defender, antes já sinalizamos a nossa posição tática de votar
favoravelmente o outro Projeto, porque Porto Alegre tem um problema: sonega-se,
faz-se trampa, faz-se leasing com empresa que não tem alvará em Porto
Alegre. Eu só quero que o Prefeito vete, porque nós vamos ter todos os
argumentos para acabar com essa farra. Nós agora temos um instrumento, nós
temos uma discussão pública sobre essa questão, então não se espantem alguns
que achavam que iriam levar de barbada, que iriam derrotar o Projeto que
acabamos de votar. Não, nós votamos porque isso tem uma ligação direta com o Projeto
que nós estamos votando agora pela falta de grana que tem a Prefeitura de Porto
Alegre!
E
eu desafio qualquer Vereador para este debate. Porque, quando disse que tinha
falcatrua, que este é o Estado que mais sonega, disseram: “Isso é coisa de
maluco, é irresponsável quem fala”. Pois as manchetes desmentiram todos aqueles
que se contrapunham à gente. Tem falcatrua, sim! O Rio Grande do Sul é o Estado
que mais sonega tributos! Só esses pilantras da Portocred botaram para fora do
País cinco bilhões. Eu vou repetir: cinco bilhões! Dois Orçamentos da cidade de
Porto Alegre! Dois Orçamentos! Que bom que eles estejam na cadeia, porque,
aqui, nós vamos continuar defendendo o povo de Porto Alegre, e não os
trambiqueiros! Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLE nº 004/07.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, o que me aborrece profundamente é que, cinco
horas após ter elogiado o Ver. Adeli Sell pelo seu desprendimento na aceitação
da alteração da ordem dos Projetos a serem votados hoje à tarde, ele vá à
tribuna - quando entendeu que, realmente, é da mais alta relevância a aprovação
dos dois Projetos do Executivo - voltar a falar do Processo anterior. De
repente, entendo, porque ouvi no passado que a palavra valia mais que os
documentos. Porque aqui está o Parecer, em relação ao Projeto do Ver. Sebastião
Melo, que foi aprovado agora de uma forma estranha, depois de ter encerrado a
votação.
O
Ver. Adeli Sell, com toda a tranqüilidade de Vice-Presidente da Comissão de
Finanças, que é onde acontece e se decide mesmo a matéria tributária, foi pela
rejeição, há a sua assinatura bonita de Vice-Presidente. E agora vai ali e faz
um discurso inflamado, não condizente com o que está acontecendo neste momento,
que é a votação de um Projeto de interesse do DEP, portanto de interesse da
Cidade. E o Diretor do DEP veio a esta Casa, antes do primeiro dia de Pauta,
mostrar a todos Vereadores, entregar uma cópia a todos os Vereadores daquilo
que iria ser realizado.
Então,
hoje pela manhã, eu entendi: o Ver. Adeli Sell é um homem de espírito público.
A sua preocupação com a Cidade faz com que ele aceite a alteração da ordem de
votação hoje à tarde, mas, cinco horas depois, eu sou obrigado a dizer
que não é tanto quanto eu pensava, sou obrigado a dizer que aquele elogio foi
exagerado. Mas tenho certeza de que, independente de qualquer coisa, a Casa,
por unanimidade, vai votar e aprovar os dois Projetos do Executivo que
interessam à Cidade, para que as diferentes zonas da Cidade possam ser
melhoradas com os recursos que virão da Caixa Econômica Federal - aliás, é da
Caixa Econômica Federal ou do BNDES, agora já não tenho certeza, porque o outro
Projeto eu não tenho nas mãos. De qualquer forma, ainda deve prevalecer um
pouco do espírito público que eu reconheci no Ver. Adeli Sell, e a sua Bancada
toda votará a favor dos dois Projetos do Executivo Municipal, porque ambos
melhoram as condições de escoamento das águas pluviais. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLE n° 004/07.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Srª
Presidenta, nobres colegas Vereadores, um pouco fora de foco, mas eu não posso
deixar de comentar as considerações do colega Adeli Sell. A propaganda
eleitoral passou; agora aumento de impostos é festa. E principalmente impostos
que quem vai pagar é o povo. Quem vai pagar é o povo! Vão ser transferidos para
o povo, se é que ele vai pagar. Pior se nós tivermos que pagar 5% de
sucumbência, porque está atrás disso tudo o artifício que o Partido dos
Trabalhadores, na gestão passada, tentou minimizar, botando para 1%, só pelo
medo da despesa da Justiça. Tudo bem: aumento de imposto para banqueiro? Bato
palmas. Se nós pudermos cobrar, ele que pague, não o povo!
A mesma coisa com esses três milhões de empréstimo
que a nossa Prefeitura está fazendo para tratar dos esgotos pluviais. É
meritório, mas eu gostaria que não houvesse necessidade de o Poder Público
fazer empréstimo para fazer obras. Vejam a dívida nacional: 1 trilhão e 200
bilhões de reais, sobre o que são pagos juros ano a ano! Quanto isso não
consome do nosso País? Nós pagamos mais de juros do que investimos no País!
Então, toda vez que eu vejo empréstimos, para a obra mais merecida que seja,
como esta aqui, para o escoamento pluvial da
nossa Cidade, eu fico triste; o ideal seria que não precisássemos tirar
empréstimo nenhum. Essa seria a Administração Pública ideal, não fazer obras
com o dinheiro alheio, para que outros, depois, paguem juros e dívidas. É a
isso que nós teríamos de chegar, e Porto Alegre estaria próximo. Por
contingência, não poder se endividar, não poder tirar empréstimo, não poder
tocar, a Prefeitura poderia estar chegando a um patamar razoável, mas com um
monte de dívidas para pagar de Administrações anteriores.
Logicamente,
nós vamos apoiar esse Projeto devido à necessidade dessa contenção das caídas
pluviométricas na Cidade. Ainda que eu defenda microbacias pluviais de
contenção pluvial, em que o Poder Público não gastaria um centavo, em que os
moradores teriam lucro com a contenção da água pluviométrica, este seria o
verdadeiro sentido de um projeto dessa natureza: buscar lucro e não buscar
despesa, não fazer uma obra faraônica, sei eu lá, neste País, como a Infraero,
obras superfaturadas. Então, eu fico com um pé atrás toda vez que eu vejo
autorização de empréstimo, seja o projeto que for, meritório, temos de aprovar,
se não, de repente, as águas vão nos engolir aqui em Porto Alegre. O que não
precisaria; o ideal seria microbacia de contenção, cada moradia com a sua
microbacia de contenção. Nossa Cidade estaria livre, inclusive São Paulo não
estaria como está.
Seriam
essas considerações. Agora, fico triste quando vejo o Partido dos
Trabalhadores, novamente, voltando àquela velha prática de aumentar impostos e
aumentar impostos, para quê? Para os “mensalões”? Para poder comprar Partidos
políticos, trocar cargos, criar cargos, criar Ministérios, dividir Ministérios?
Essa nossa política está verdadeiramente na contramão, é lamentável.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 004/07.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores, Vereadoras, senhores e
senhoras, estamos discutindo e organizando mais um apoio à Administração Municipal,
para ela captar mais um conjunto de recursos, via financiamento, e oferecer as
contrapartidas, Verª Maristela Maffei, para que venha mais dinheiro do Governo
Federal. E, quando nós aqui discutimos esse tema, Ver. Carlos Todeschini - e V.
Exª coordenou o DMAE -, estamos discutindo o papel dos Vereadores na construção
da Cidade, que é ter clareza de quais os projetos que estamos apoiando, que é
saber dos financiamentos que temos que buscar e verificar de que maneira vamos
fiscalizar esses recursos.
Ver. João Antonio Dib, a Lei Orgânica do Município,
no seu art. 70, diz o seguinte: “Os Vereadores têm livre acesso aos órgãos da
administração direta e indireta do Município, mesmo sem prévio aviso”. Talvez
haja Vereadores desta Casa que não conheçam a Lei Orgânica do Município; talvez
porque sejam novos, estão chegando agora, precisam tomar conhecimento desse
documento, que é o que serve de regulamento, quando aprovamos um Projeto como
este; é legal e regimental. Quando aprovamos um projeto aqui, devemos ter a
tranqüilidade de poder fiscalizar sem a truculência de alguns gestores, e isso
é questão pontual. Nós sabemos, nós não podemos deixar passar isto no exercício
de qualquer um dos senhores ou das senhoras, o fato que aconteceu comigo lá no
DEMHAB, na sexta-feira.
Neste momento, quando estamos aprovando esses
recursos, queremos a transparência e a eficácia da aplicação desses recursos,
que são para o Departamento de Esgoto Pluvial. Porém, nós aprovamos, em 2006, o
Orçamento, Ver. João Antonio Dib, para a Cidade, inclusive para o Departamento
de Esgoto Pluvial, só que aqui nós aprovamos um Orçamento de 571 mil reais para
a melhoria na infra-estrutura de drenagem pró-saneamento, e venceu o Orçamento
de 2006, e esse recurso não foi aplicado, foi zero a sua aplicação. Portanto,
nós não gostaríamos de aprovar novamente a captação de um recurso se ele não
for aplicado pelo menos no tempo previsto, apresentado aqui nesta Casa,
discutido e aprovado. Isso é nós exigirmos a eficácia e a eficiência da gestão pública municipal.
E,
aí, o Secretário vem aqui dizer... Talvez eu possa responder para o Ver.
Ismael. O Vereador, sendo da base do Governo, não precisava vir a esta tribuna
dizer por que o Município vai buscar mais recursos de financiamento, eu acho
que o Vereador até pode ter razão, mas ele tem de perguntar para o Secretário
Municipal da Fazenda, que veio aqui dizer que o Município tem superávit. Se tem
superávit, não precisa buscar mais recursos, é óbvio. Bom, mas nós não temos
essa resposta, Ver. Ismael Heinen, talvez V. Exª nos ajude a esclarecer esse
superávit e nos diga de que maneira podemos direcionar a aplicação desses
recursos para o saneamento da Cidade.
O
Sr. José Ismael Heinen: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço ao nobre colega, só
quero informar que não preciso perguntar nada para ninguém, a minha consciência
é quem dita os meus votos, as minhas decisões. Obrigado.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Certo.
Mas o Secretário da Fazenda veio aqui dizer que há superávit. E mais do que
isso: veio corrigir aquela cifra incorreta que anunciaram na mudança de
Governo, diziam que a dívida era de 180 milhões de reais, que tinham ficado nos
cofres públicos; ele veio aqui na semana passada e corrigiu exatamente o que
nós dizíamos, que eram 75 milhões de reais, Ver. Aldacir Oliboni. Isso é nós
ajustarmos, na política, a condução dos projetos, dos recursos, a sua
aplicação.
No
que diz respeito a este Projeto do DEP que estamos discutindo hoje, de buscar 3
milhões e 676 mil reais da Caixa-RS, a nossa Bancada vai votar favorável,
porque é dinheiro que o Executivo está dizendo que é necessário, e nós
defendemos, sempre, uma construção de Cidade com qualidade. A simples captação
do recurso, Verª Margarete Moraes, não garante a Cidade de qualidade, mas a
nossa fiscalização com acesso livre a todos os órgãos públicos é o que poderá auxiliar
e garantir a boa aplicação desse recurso. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLE nº 004/07.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores, colegas Vereadoras, quero
saudar o Diretor do DEP, Sérgio Zimmermann, que acompanha a votação. Olha, meus
caros Vereadores, eu acho que este é um daqueles Projetos que, com certeza,
terá a unanimidade desta Casa, porque trata de buscar recursos para fazer obras
essenciais para a municipalidade.
Eu
já disse aqui, na Comissão Conjunta, em que fui o Relator, Ver. Comassetto, que
acho que o Governo Lula acertou ao criar o Ministério das Cidades. O Brasil de
1960 era um Brasil que tinha 65% das pessoas morando na área rural, e o
restante morava nas cidades. O Brasil do século XXI, de 2007, é um Brasil que
tem 85% da população morando nos grandes centros urbanos. Os serviços públicos,
Ver. Elói, não acompanharam essa grande demanda que brotou do campo, porque
eles foram expulsos do campo, e as razões são muitas. Então eu acho que o
Governo agiu bem ao criar o Ministério das Cidades, é importante ter o
Ministério da Reforma Agrária, acho que nenhum país vai ao desenvolvimento se
não tiver justiça fundiária na sua terra, seja rural, seja urbana.
E
aqui é o exemplo típico, a Prefeitura de Porto Alegre, ao fazer os projetos ou
ao conversar com o Governo, consegue buscar recursos que não são poucos, não.
São 39 milhões de reais. Isso é muito dinheiro!
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) São 39 milhões no caso deste Projeto específico. No ano passado,
aprovamos autorização de 200 milhões para o Socioambiental. E só para
confirmar: neste ano de 2007, retomamos o Orçamento para o saneamento da
Cidade, são quatro bilhões para as cidades. Ainda não é o suficiente, mas temos
de aproveitar e captar esses recursos para as necessidades também de Porto
Alegre. Obrigado.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Aí a Prefeitura, através do seu conjunto
de técnicos, elabora os projetos, porque não é simplesmente chegar e dizer:
“Olha, me dá o dinheiro”. Não é assim! É necessário fazer toda uma tramitação
interna, envolver os profissionais, e não faltam bons profissionais na
Prefeitura de Porto Alegre. E, depois de cumprir toda essa tecnicidade, chega o momento de buscar a
autorização legislativa, que é o que diz a resolução federal. Havendo
autorização, vai haver a tramitação para a assinatura dos contratos, cujos
agentes são a Caixa-RS e o nosso Banrisul, pelos quais o dinheiro do Ministério
das Cidades é irrigado para fazer o empréstimo, e a Prefeitura terá vinte anos
para fazer o pagamento. Não é dinheiro de graça, não! A Prefeitura vai pagar,
sim! Não o juro internacional, mas é um juro muito mais razoável, se não me
engano de 6%.
Então,
amanhã, a partir das 10 horas, estaremos visitando todo o entorno do
Supermercado BIG, lá na Grande Sarandi, pois as pessoas vieram à nossa
Comissão, enlouquecidas, por causa do alagamento naquela região, para a limpeza
do arroio Feijó, do condomínio que está se construindo, e as famílias estão
apavoradas, porque as suas casas vão ser inundadas. Então eu estou dando esse
exemplo, mas é exemplo que pipoca em qualquer lugar que você for nesta Cidade.
Ver. Guilherme, V. Exª trouxe o exemplo lá do Beco dos Prazeres, onde corre,
sim, esgoto a céu aberto, e não é o único lugar. Nós estamos tratando de
recursos que vão se traduzir para a Cidade, amenizar sofrimentos, porque é
questão de Saúde Pública.
Então,
conseqüentemente, a disputa política é legítima, e eu sempre fiz com
legitimidade e estimulo, porque acho que, quando há um debate civilizado, quem
ganha é a Cidade, é o País, é o Estado. Um debate politizado é muito bom, o que
a gente não pode é entrar na pessoalidade.
E
quero finalizar dizendo o seguinte: quero cumprimentar a Câmara de Vereadores,
acho que a Câmara, hoje, deu uma demonstração maiúscula. Banqueiro, neste País,
tem que pagar imposto, e os pobres têm que ter imposto diminuído. Toda vez que
tiver, nesta Casa, neste País, nesta Cidade, algum movimento que diminua
imposto do setor produtivo, contem com este modesto Vereador, e, nos movimentos
para aumentar imposto para os banqueiros, se eu não for o primeiro, eu quero
ser o segundo.
E
quero dizer mais: as empresas de leasing não têm pagado imposto nesta
Cidade, e a Prefeitura tem que tomar atitude, sim; as grandes lojas não podem
vender carro de cem mil, duzentos mil reais, fazer leasing e não
recolher um centavo para a Prefeitura. Isso não está correto! E a Dona Maria,
lá no Campo da Tuca, tem que marchar com o IPTU, e o banqueiro não paga. Isso
não está correto! Portanto eu quero dizer que, com muito orgulho, apresentei o
Projeto, o sustentei e quero cumprimentar e respeitar os votos divergentes,
porque isso é da democracia. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria celeste): O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir o PLE nº 004/07.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srª Vice-Presidenta, Verª Maristela Meneghetti;
Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, demais
pessoas que nos acompanham, quero também cumprimentar o Diretor do DEP, Sérgio
Zimmerman, e dizer que não há duvidas de que todos nós iremos aprovar este
Projeto pela importância das obras a serem realizadas, mas que também devemos,
de alguma forma, estabelecer um debate aqui na nossa Casa Legislativa sobre
tudo que envolve a questão do financiamento, das obras e assim por diante.
Diferente
do que pensa o Ver. Ismael Heinen, eu quero dizer que há financiamento e
financiamento. Há o financiamento com boas condições financeiras, em termos de
taxa de juros, em termos de prazo de pagamento, em termos de carência e assim
por diante. E há financiamento feito, inclusive no tempo da ditadura militar -
pela qual, possivelmente, o Ver. Ismael tinha uma certa simpatia, pelo menos o
Partido dele tinha -, antigamente, que era feito de uma forma amarrada, casada,
que fazia financiamento obrigado a comprar equipamentos e assim por diante, com
taxas de juros exorbitantes e vergonhosos. Em qualquer lugar do mundo, perante
um tribunal, isso seria caso de prisão, e isso aconteceu muito no nosso País.
Eu
estava conversando com o Ver. João Dib e o Ver. Todeschini, tivemos a honra de dirigir
o DMAE, e o DMAE tomou financiamento para construir a Estação de Tratamento de
Água do Menino Deus, e foi em muito boas condições esse financiamento. Nós
pagamos parcelas desse financiamento como Diretores-Gerais do DMAE, e eram
valores acessíveis, e aquela edificação Estação de Tratamento de Água permitiu
que o DMAE oferecesse mais água para a Cidade, cobrasse a tarifa módica que
cobra até hoje, nós conseguimos pagar tranqüilamente aquele financiamento.
Portanto, há financiamento e há financiamento.
O
caso aqui é muito interessante, e quero destacar este fato. Na sexta-feira
passada, promovido pela Comissão de Direitos Humanos com a idéia do Ver.
Todeschini, nós tivemos aqui um Seminário sobre saneamento no País. E eu que
digo que a primeira gestão do Presidente Lula poderia ser melhor do que foi,
mas também digo que, comparando com outros Governos, foi muito melhor do que os
outros. Esse item me orgulha muito. Ver. Todeschini, nós ficamos sabendo, e é
importante que esta Casa toda saiba, e a população de Porto Alegre também, que,
neste segundo mandato do Presidente Lula, nós vamos ter disponíveis mais de
quarenta bilhões de reais para o saneamento. Antes nós falávamos, neste País,
em milhões de reais.
O
Presidente Fernando Henrique Cardoso aprovou uma lei criminosa - assumo a
palavra que estou dizendo aqui, sou muito cuidadoso com as
palavras - criminosa, proibindo, em 1998, que as entidades públicas de
saneamento tivessem acesso a financiamento dos órgãos públicos federais, BNDES
e Caixa Federal, enquanto estava aberto o financiamento para os órgãos
privados, de saneamento. Uma lei criminosa, repito. Logo que assumiu o Governo,
o Presidente Lula encaminhou uma lei revogando essa, e agora, em segundo
mandato, teremos mais de quarenta bilhões de reais disponíveis para água, para
esgoto cloacal, para a drenagem e para o lixo. Nunca houve neste País nada
sequer parecido! Nunca houve! E nós sabemos que saneamento é uma questão de
Saúde Pública preventiva - dentro dessa política está esse financiamento.
Agora eu quero dizer, na presença do amigo Sérgio,
que eu espero que a Prefeitura e o DEP andem mais rápido. Eu tenho dito aqui
que esta Administração atual parece uma tartaruga manca, tal a velocidade com
que resolve as questões. A Verª Maristela Maffei trouxe o exemplo do buraco
existente entre a Lomba e a Restinga, ela caiu no buraco, comunicou à
Prefeitura no sábado, e na segunda-feira estava igual. Quantos carros não devem
ter caído no buraco? Nós votaremos a favor, mas esperando que sejam, de fato, realizadas
as obras, recursos vindos de Programa do Governo Federal. Depois nós vamos
discutir outro Projeto, com mais recursos ainda, Programa do Governo Federal.
Se nós somarmos tudo, veremos que o Presidente Lula, além de governar o País,
está sendo Prefeito de Porto Alegre. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregôo a
Emenda nº 01 ao PLE nº 004/07. (Lê.) “Art. 1º - Altera o caput do art.
1º do Projeto, que passa a ter a seguinte redação: ‘Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a
contratar operação de crédito até o limite de R$ 3.676.500,00 (três milhões,
seiscentos e setenta e seis mil e quinhentos reais) com a CAIXA-RS, com
recursos do Programa Saneamento Para Todos, do Ministério das Cidades, Secretaria
Nacional de Saneamento Ambiental, que serão utilizados para implementação de
obras e serviços pelo Departamento de Esgoto Pluviais - DEP - no Município de
Porto Alegre’. Justificativa: para adequar a técnica legislativa”. De autoria
do Líder do PMDB, Ver. Bernardino Vendruscolo.
Apregôo Emenda nº 01 ao PLE nº 005/07. (Lê.) “Art.
1º - Altera o caput do art. 1º do Projeto, que passa a ter a seguinte
redação: ‘Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a contratar operação de
crédito até o limite de R$ 35.758.650,00 (trinta e cinco milhões, setecentos e
cinqüenta e oito mil e seiscentos e cinqüenta reais) com o Banco do Estado do
Rio Grande do Sul - BANRISUL -, com recursos do Programa Saneamento Para Todos,
do Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, que
serão utilizados para implementação de obras e serviços pelo Departamento de
Esgotos Pluviais - DEP - no Município de Porto Alegre’. Justificativa: para
adequar a técnica legislativa”. De
autoria também do Líder do PMDB, Ver. Bernardino Vendruscolo.
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir o PLE nº 004/07.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Verª Maria
Celeste, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras e assistência desta Sessão, também
venho aqui manifestar nossa posição no sentido de apoiar o envio deste Projeto,
porque a Cidade evolui, deve evoluir, e ela tem no saneamento a principal base
da infra-estrutura.
Ver. Guilherme, é com muita alegria que nós
recebemos aqui, na sexta-feira, o atual Secretário respondendo, o Engenheiro
Marcos Montenegro, que foi seu colega na Direção da Assemae, uma pessoa
competentíssima e que, inclusive, está na iminência de ser conduzido como novo
Secretário Nacional de Saneamento. Tenho orgulho de ter militado também com o
Montenegro, quando nós fizemos todo o combate à idéia, ao conceito e à política
de privatização do Governo anterior, que queria entregar a água, o saneamento
para a iniciativa privada, para os banqueiros internacionais, para as
multinacionais da França, dos Estados Unidos, para os poderosos que queriam
fazer disso um grande negócio. Pois bem, aqui nós provamos que o saneamento é
viável, é sustentável, e, se houver prioridade em investimento, ele pode
atender a todos e melhor.
Ontem
à noite eu vi uma reportagem sobre a Índia, em que as pessoas pobres que moram
nas favelas desgraçadamente gastam até 20% do que ganham com água para beber,
Ver. Oliboni. E aqui temos uma prova do trabalho desenvolvido pelo DMAE, entre
outras empresas públicas. Se houver prioridade em investimentos e tarifas
justas, com subsídio cruzado em que quem pode mais paga mais, em que quem tem
menos paga menos, a água será uma garantia de todos, e o saneamento estará
presente como elemento de Saúde Pública, como elemento de nutrição e como
elemento de qualidade de vida. Essa é perspectiva que nós estamos trabalhando.
E,
com alegria, com grande entusiasmo, nós recebemos essa notícia, não só uma
notícia, mas uma participação efetiva, porque fomos desafiados e reunimos aqui
mais de sessenta Municípios na sexta-feira, sendo vinte Prefeitos, trinta
Vereadores e lideranças, para falar desta participação que o Governo Federal
está disponibilizando, são quarenta bilhões de reais para saneamento nos
próximos quatro anos, sendo parte retornável, parte em programas de parceria e parte de verbas ou recursos geral
da União a fundo perdido, especialmente para comunidades carentes e pequenos
Municípios. Isso é uma revolução, Ver. Oliboni, porque vem ao encontro de uma
perspectiva renovadora, soberana, provando que, com investimento, nós podemos
realizar, nós podemos ter no Estado e no País qualidade de vida. Essa é uma
prioridade do Governo, que é fato presente, não é uma miragem, não é um
exercício de futurologia.
O
Sr. Aldacir Oliboni: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Todeschini, queria
parabenizá-lo pela intervenção feita neste momento e lembrar que, há três anos,
nós, enquanto Comissão de Saúde, visitamos V. Exª, que era Presidente do DMAE,
e já se falava nesse Projeto de balneabilidade do lago Guaíba com o Projeto
Ponto da Cadeia. E parte desses recursos era exatamente para começar esse
saneamento básico, que em Ponta Grossa está em péssimas condições e em muitos
lugares da Cidade. E a reportagem de ontem me chamou a atenção, como V. Exª citou
agora, a questão da água é uma questão de Saúde Pública, por isso nós estamos
apoiando com recursos federais.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Em
primeiro lugar, Saúde Pública e qualidade de vida; essa é a perspectiva
importante, agradecendo-lhe o aparte, Ver. Oliboni.
Vejam
só, são 35 milhões que vêm agora para o DEP através desse Projeto para
drenagem. São 168 milhões para o DMAE, sendo 34 milhões para o sistema de
coleta de esgoto da Restinga, 30 milhões para a coleta de esgotos do sistema
Cavalhada e 103 milhões para as obras estruturadoras do Programa Integrado
Socioambiental, os emissários e as estações de tratamento. No total, cerca de
205 milhões provenientes do Ministério das Cidades, do FGTS, dinheiro
retornável, evidentemente, mas com vinte anos de prazo e com juros baixíssimos,
o que dá uma perspectiva excelente, e isso viabiliza a maior parte da
necessidade dos recursos para a implementação do Programa Integrado
Socioambiental, que, entre outras coisas, vai realizar o assentamento de 1.650
famílias da Foz do Cavalhada, da Vila dos Sargentos e despoluir o lago Guaíba.
Agora, ele começa a se tornar uma realidade, por isso estamos apoiando.
Obviamente vamos fiscalizar, porque nós não vamos deixar solto - e esse é o
nosso papel -, como fizemos, inclusive, há pouco tempo, em relação àquela
licitação fraudulenta que havia no DMLU. Eu acredito que isso não vai se
repetir, porque nós vamos fiscalizar. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE n° 004/07.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadores, é necessário que se façam
mais algumas considerações que acho que meus colegas trouxeram muito bem. Hoje,
no Brasil, os Municípios e Estados têm muitos recursos e muitas condições de
implementar políticas públicas fundamentais para os cidadãos das suas esferas
respectivas. Agora, é preciso, Ver. Sebenelo - que me ouve atentamente -, que
os Municípios tenham vontade política e competência para tal, e me assusta
muito que, em dois anos, nós não temos no DEP novos projetos desenvolvidos, nem
no DEMHAB, e são essas as minhas informações.
Então,
o Município - se verificarmos nas outras áreas, nós vamos ver - de Porto Alegre
desacumulou demais e, em muitas situações, Ver. Dib, foi dispensando e deixando
ociosos funcionários, colegas seus e meus, competentíssimos. Inclusive, eu
conheço situações de funcionários com problemas de saúde por não receberem
funções para realizar no seu Departamento; são muito competentes, qualificados
para tal.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento da oradora.) Nobre Verª Sofia, nós não podemos
desconsiderar que o Diretor do DEP
nos trouxe o relatório das obras que serão realizadas com os quarenta milhões
de reais do financiamento. Conseqüentemente, para que se faça isso, tem que
haver projetos.
A
SRA. SOFIA CAVEDON:
Possivelmente, Ver. Dib, alguma projeção deve haver. Mas o que nos dizem os
dados que o senhor conhece de traz para frente e de frente para traz, a
respeito da implementação do Orçamento do relatório de 2006? No DEP, aos
grandes projetos - projetos centrais - anunciados pela Administração Fogaça,
como o Porto do Futuro, o Plano Diretor de Drenagem Urbana, havia cinqüenta mil
orçados, e zero executado; em relação ao PIEC - Programa Integrado Entrada da
Cidade -, recuperação do sistema de drenagem como proteção contra as cheias,
foi zero de execução, e 604 mil estavam orçados. Na Entrada da Cidade - Ver.
Sebastião Melo, que está tão preocupado com a Zona Norte -, em dias de chuva é
um caos. O Ver. Carlos Todeschini esteve lá em momento diferente do que eu
estive, e as casas todas, Verª Margarete Moraes, ficam em baixo d’água, numa
rua em obras, com recursos orçados para o Programa Integrado Entrada da Cidade,
para o DEP. É um caos também a situação da creche, a Tecnobaby, dos
equipamentos públicos e das moradias, e ali é um investimento importante de
moradias populares.
Vamos
adiante, vejamos a proteção contra as cheias no sistema Cavalhada, que é outro
lugar que toda a vez que chove as moradias ficam em baixo d’água: há ratões, é
uma situação dramática de lixo combinado com esgoto nos arroios ao redor e no
arroio Cavalhada. A execução foi zero, mas havia previsão de cinco mil, que é
muito pouco, mas o Socioambiental começaria por ali.
Eu
vejo o Prefeito Fogaça anunciar novos projetos para a Cidade na Semana de Porto
Alegre. Lamento dizer que é um desastre de anúncio, Ver. Mario Fraga, porque
anuncia o Socioambiental e depois explica que isso é para dez anos, e nós
sabemos que ele foi reformulado, que todo o avanço conquistado foi praticamente
zerado a partir da entrada do novo Governo. Anuncia entre os novos projetos os
Portais da Cidade, que é um escândalo, porque toda a Cidade é contrária; e o
camelódromo, que todos os camelôs são contrários, porque sabem que, sendo obra
da iniciativa privada, para ter retorno, é óbvio que não vai ser acessível aos
cidadãos que estão no comércio informal exatamente porque não têm condições de
pagar as taxas.
Então,
a situação de projetos para o futuro, de projetos passados não nos permite
acreditar, Ver. Adeli Sell, que esses recursos serão potencializados, que de
fato eles serão um projeto, que isso terá efetividade e que a Cidade será uma
presença, a presença necessária deste Governo com qualidade de gestão.
Eu
poderia seguir dizendo: anunciaram no início do primeiro ano, nas palavras do
Vereador e Secretário Beto Moesch: “Vamos iniciar pelo riacho Ipiranga.” Está
lá o riacho Ipiranga com sérios problemas. Também o arroio Feijó já foi citado
aqui, Ver. Sebastião Melo, já falei várias vezes; e outro exemplo é o Areia.
Nós não temos nesta Cidade, junto com as demais áreas, uma presença competente,
inclusive para aproveitar os recursos federais - como tão bem os colegas aqui
colocaram - hoje disponíveis no Brasil, porque o Governo Lula tem prioridades,
sim, com o saneamento, com educação, com saúde. É preciso ter gestores que de
fato priorizem, que de fato tenham competência e, principalmente, valorizem
seus funcionários municipais, Ver. Dib, o que não está acontecendo em Porto
Alegre, e a Cidade está perdendo com isso.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Elói
Guimarães está com a palavra para discutir o PLE nº 004/07.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Vereadora-Presidenta
Maria Celeste, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, trata-se de um Projeto, de uma
iniciativa do Executivo Municipal de grande importância para a Cidade, que, na
década atual, atingiu um nível de esgotamento do ponto de vista da falta de
capacidade para regular as suas ações. Então, quando vem à Casa um Projeto... E
é bom que se diga que a atual Administração tem projetos, e bons projetos,
porque é comum vermos os anos passarem, os recursos federais existirem e não se
ter projeto. Está havendo projetos em Porto Alegre, e bons projetos, e este é
um Projeto extraordinário, porque vem exatamente alocar recursos na
infra-estrutura urbana, e há um velho adágio popular que diz que enterrar
canos, Ver. Luiz Braz, não dá votos, e pouco cano nesses últimos anos se
enterrou.
(Aparte anti-regimental do Ver. Guilherme Barbosa.)
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Podemos
levantar dados, Ver. Guilherme Barbosa.
Então, a Administração vem trazendo bons Projetos a
esta Casa, irrecusáveis, veja V. Exª, não há como recusar. Então, são
investimentos que se fazem na malha suburbana, numa área fundamental, porque a
Cidade foi sendo sufocada pelos alagamentos. Nunca se teve uma ordem tão grande
de alagamentos. E não queiram nos dizer que é de agora! Não queiram nos dizer
que é de agora! Compulsemos os jornais, tragamos os jornais ao debate para ver
que esse problema vem se arrastando há muito tempo. Há muito, Ver. Todeschini,
vem se arrastando essa questão dos alagamentos, que danificam as propriedades,
os bens e a cidade de Porto Alegre.
Então, trata-se de um bom Projeto, e amanhã a
CUTHAB - Comissão de Transporte, Urbanismo e Habitação - irá à Zona Norte,
exatamente onde incidem ações trazidas com o presente Projeto. Ver. Guilherme Barbosa,
V. Exª é uma presença indispensável, amanhã, lá naquela área da Cidade, região
que paga um tributo muito grande pela falta de uma política para esgoto, de uma
política para a drenagem dos arroios. Ali está o arroio Passo da Mangueira, o
arroio Sarandi, que há muito vêm assoreados. Então, faz-se necessário
providências. E este Projeto exatamente incide na área onde nós teremos
oportunidade de ver problemas de toda a ordem.
Portanto, são recursos dos quais o Município vai
participar e que são fundamentais para dar o mínimo de qualidade de vida à
população que cumpre com as suas obrigações pagando os impostos. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Pela
sensibilidade dos Vereadores, foram retiradas as últimas inscrições. O Ver.
Sebenelo mantém a sua inscrição para discussão.
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para
discutir o PLE nº 004/07.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o nosso Ver. Mario Fraga já dizia à Verª
Sofia Cavedon: “Essa história eu já ouvi”. Ora, ficaram quantos anos? Dezesseis
anos na Prefeitura, sentados em cima do processo de tratamento de esgotos de
Porto Alegre, e, agora, em dois anos, tem que ficar tudo pronto, e não pode
durar dez anos a construção da nova adutora lá da Ponta Grossa? Nem pensar.
Olha, eles tinham pressa, e nós não sabíamos. Sentaram em cima. Aliás, sentaram
em cima de muitas coisas.
Então, quando eu vejo esse elogio a essa fartura de
verbas, eu leio no jornal de hoje... O Ver. Elói queria que compulsássemos os
jornais. Aqui está, Vereador (Mostra o jornal.), a frase é bem prosaica: “Quero
o dinheiro de volta”. Autor: Ministro da Saúde José Gomes Temporão, que reclama
do corte de quase seis bilhões de reais do Ministério da Saúde. O Ministro da
Saúde do Governo Lula com um corte de seis bilhões de reais. Esse dinheiro,
através da Caixa Federal, vem de bancos internacionais, esses 163 milhões. Sim,
senhor, Vereador, não é dinheiro só da Caixa; era de um Ministério, Ver. Luiz
Braz, de uma concepção excelente, não só pelos argumentos do Ver. Sebastião
Melo, de percentuais - o que é verdade, os percentuais rurais e urbanos de 1960
-, mas também porque no Brasil, a grande maioria dos problemas são comuns em
todas as cidades, pelo menos nas dezessete Capitais do Litoral brasileiro.
O que se criou, então, de uma forma inteligente? O
Ministério das Cidades. Aí se deu o Ministério para o nosso Olívio Dutra, e aí
ele levou um cartão vermelho, e até hoje ele não sabe onde é o vestiário para
ir embora para casa. Levou o maior cartão vermelho da história deste País e
deram... Ele, que era Ministro das Cidades
e não tinha a aplicação dos recursos... Agora passou esse Ministro Márcio
Fortes - porque ninguém tinha projeto - do PFL, olha, ele fez uma administração
excelente, e o que veio para a cidade de Porto Alegre veio do Ministério das
Cidades! Pouco, mas veio; antigamente, não vinha nada! Vereador, o seu
ex-Prefeito, depois Ministro, foi o algoz da própria Cidade! E essa queixa não
é minha, esse registro foi feito pelo Presidente da República! E aí, então,
evidentemente, ele trocou o velho amigo por um acordo político.
Hoje
nós sabemos, e o Ver. Carlos Todeschini sabe disso, porque conhece o projeto,
pois estava no DMAE. Nós fomos lá, nós nos sentamos com os técnicos do DMAE,
que nos mostraram todo o Projeto, inclusive de saneamento da cidade de Porto
Alegre. E o Projeto não saiu do papel! Agora, quando pedimos empréstimos, sim,
e todos vão votar.. Acho que ninguém teria coragem, aqui nesta Casa, de dizer:
“Não, vamos votar contra”, porque todos iniciaram o mesmo discurso...
(Tumulto
no Plenário.)
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª Presidenta, assegure o meu tempo
aqui, porque está muito difícil de falar assim.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Conclua, por gentileza, Vereador.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: O
que eu quero dizer é que todos começaram o discurso dizendo que o empréstimo é
para o DMAE, que é para o DEP, que é para o Governo, como disse o Ver. Carlos
Comassetto. E, na verdade, ele é para a cidade de Porto Alegre! Ninguém vai
meter a mão nisso! Existe um Projeto excelente para a cidade de Porto Alegre,
um Projeto que vai passar, nos próximos dez anos, de 25% de esgotos tratados
para 75%...
Srª
Presidenta, mais uma vez, peço que V. Exª garanta a minha palavra, porque está
difícil...
(Tumulto
no Plenário.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Por favor, Ver. Claudio Sebenelo, conclua.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Então, eu queria dizer que este Projeto
é bom, satisfaz toda a Cidade, satisfaz todos os seus munícipes, e não apenas
um Governo; ele tem que ser votado, pois vai beneficiar a cidade de Porto
Alegre, coisa que, em dezesseis anos, não foi feito!
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLE nº 004/07. (Pausa.)
Desiste. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLE nº
004/07, por cedência de tempo do Ver. Dr. Raul.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, colegas Vereadores,
colegas Vereadoras, eu acho que o debate pode e deve esquentar, mas a Cidade
tem que estar acima dessas questões. Eu fui Vereador de oposição nesta Casa, e,
por muitas vezes, Ver. Adeli, nós fomos o primeiro a vir nesta tribuna para
dizer que a Cidade está acima da nossa luta política. Eu estou resgatando isso,
porque os Vereadores da oposição vieram aqui e disseram que o DEP não está
realizando obras, e isso não é verdade. Eu gostaria de convidá-los para ir, por
exemplo, à Rua da Gávea, onde há uma obra que iniciou no Governo do PT - uma obra
necessária para aquela região, uma obra de mais de um milhão de reais - e que
foi concluída na atual gestão. Se eu for ao bairro Restinga, na Rua Gustavo Bertolozzi, lá há uma
obra, também de galeria, muito importante para a Cidade, que custou mais um
milhão de reais; se eu for à Rua Hermes de Souza, eu também vou encontrar uma
obra realizada pelo DEP; seu eu for à Av. Ipiranga, Ver. Bernardino - e estou sendo repetitivo -, verei que a
dragagem do arroio Ipiranga faz parte das obras realizadas na Cidade. E eu acho
que não dá para negar isso, Ver. Garcia.
É
o suficiente? Não! Os senhores administraram esta Cidade por dezesseis anos e
muitas questões não puderam ser enfrentadas. E foi por falta de vontade do PT?
Não, foi porque “o cobertor é curto”! Nós sabemos que os Municípios brasileiros
têm uma enorme demanda de políticas públicas e têm limitadíssimos recursos.
Então, não dá para fazer essa discussão. Aí o meu querido Ver. Todeschini vem à
tribuna e diz que vão fiscalizar, porque senão vai ser que nem a licitação
fraudulenta do DMLU. Mas o que é isso, Ver. Todeschini? Fraude comprovada, que
eu conheço, ocorreu na gestão do Campani/Tarso Genro, esse já foi condenado
pela Justiça, foi transitado em julgado e tem que pagar a municipalidade, por
superfaturamento de contratos. E há, em andamento, uma licitação, sim, que foi
interrompida, que o Prefeito teve a grandeza de interromper, durante o dia
disse: “Olha, acho que tem equívoco, vamos fazer uma nova licitação, vamos
tirar do DMLU...”
(Aparte
anti-regimental do Ver. Carlos Todeschini.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: Não, quando V.
Exª chegou com a sua Liminar, o Prefeito já havia anunciado. Correto? Então, V.
Exª vá devagar com essa discussão, porque não tem razão no que está dizendo.
Vossa Excelência não tem razão no que está dizendo! Vamos discutir aqui o
Projeto do DEP? Vamos, vamos enfrentar. Ah, eu acho que é importante essa
parceria com o Governo Federal? Acho. É algum favor que o Governo Federal está
fazendo? Não! Pois, afinal de contas, as pessoas vivem no Município, as pessoas
vivem numa região. E as políticas públicas brasileiras deveriam ser
potencializadas nos Municípios, Ver. Luiz Braz. Em relação ao recurso do
Governo Federal, até chegar no Estado, 20% já sumiu; quando chega no Município,
mais 20% já sumiu!?
O
Brasil é uma República Federativa no papel, porque na verdade é um Estado
imperial, onde a União pode tudo, os Governos estaduais podem um pouquinho, e
os Municípios não podem nada! Então, eu acho que a Prefeitura agiu, fez o
Projeto correto, correram os trâmites, fez aquilo que muitos Municípios
brasileiros estão fazendo. E chegou agora na Casa do Povo, para dar a sua
autorização legislativa para contratação do empréstimo. E eu não tenho dúvida,
Ver. Adeli, conheço a sua grandeza e a da sua Bancada; muitas vezes nós temos
divergências, mas reconheço em vocês o papel de quem faz política com
seriedade. E, portanto, não será por divergências pessoais que haveremos de
“jogar a criança com a bacia fora”.
Este
empréstimo precisa ser autorizado hoje, porque tem prazo. Está aqui o Diretor,
que me diz que tem que, até sexta-feira, estar no banco para poder fazer o
contrato, sob pena de a Cidade perder os recursos. E esta Casa não vai permitir
isso, porque podemos ter divergências - e que bom tê-las -, mas, quando surgem
os interesses da Cidade, sejam os vermelhos, os azuis, os brancos e outros, nós
temos que estar unidos, porque esse foi o nosso juramento quando fizemos esse
contrato com a população. Então, eu não tenho dúvida: se tiver que estender, que
se estenda; se tiver que prorrogar esta Sessão, que se prorrogue! Mas a gente
vai sair daqui votando, não tenha dúvida disso, Srª Presidente. E V. Exª teve
um papel fundamental nisso, porque ajudou a conduzir na reunião da semana
passada, na qual eu estava representando o meu Partido, teve a grandeza de
dizer: “Eu vou a ajudar a construir.” E achei que V. Exª até colocou uma
questão correta, que foi o Projeto não ter chegado à sua mão, mas chegou via
transversa, e V. Exª teve a grandeza de dizer que, mesmo sendo assim, iria dar
acordo como Presidente da Casa, porque era importante para a Cidade. Quero
cumprimentar V. Exª e tenho certeza de que nós vamos votar, indiscutivelmente,
esta matéria de grande importância. Muito obrigado, Srª Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 004/07, por
cedência de tempo do Ver. Aldacir Oliboni.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Srª
Presidente, Verª Maria Celeste; Vereadores, Vereadoras e assistência desta
Sessão, eu me inscrevi, porque algumas coisas que foram ditas aqui não podem
“passar em brancas nuvens”.
Nos
dezesseis anos de Administração Popular, foram desenvolvidos programas, Ver.
Elói Guimarães, que implantaram, só em rede de água, no mínimo 80km de rede por
ano, fazendo com que aqui diminuíssem as perdas e que aqui fosse um modelo de
qualidade para o Brasil e para o mundo, porque os relatórios que saem na ONU,
os relatórios que saem nas ONGs de todo o mundo são relatórios do nosso tempo,
tempo do Ver. Guilherme, do Engenheiro Dieter, do nosso tempo na Direção. E tem
muito de contribuição, sim, do Dr. Collares, quando ele era Prefeito de Porto
Alegre.
Nós
temos aqui um modelo edificado, inclusive o Fórum Social Mundial se fez em
Porto Alegre pelas conquistas e pelos avanços que se conseguiu fazer num país
pobre em água, saneamento, resíduos sólidos e Saúde Pública. E isso é um
acúmulo democrático de qualidade. Isso aconteceu nesta Cidade, e estão aí os
dados todos, basta que o senhor olhe para as estatísticas oficiais do DMAE que
o senhor vai encontrar lá as respostas para essas dúvidas que tem, talvez, por
desinformação.
Agora,
o que nós não podemos é admitir o descuido com Cidade, que se deixe a Cidade à
mercê do descompromisso. Eu cito aqui um caso: no dia 3 ou 4 de janeiro fui
chamado lá na Entrada da Cidade; todo o bairro Humaitá e o Navegantes estavam
com mais de trinta ou quarenta centímetros de lâmina de água, de ponta a ponta,
o que tornava o trânsito impossível, simplesmente porque o DEP não operou a
casa de bombas 5. Ver. João Dib, que conhece bem aquela área, a casa só começou
a ser operada às 20h30min, e a chuva havia começado às 19h; choveu uma hora e
meia, torrencialmente, cerca de cem milímetros, e a casa de bombas só foi
operada às 20h30min, porque mudou o operador. Ficou por isso, a Cidade embaixo
d’água e as pessoas perdendo tudo.
Então,
há muitos problemas, sim, que têm de ser fiscalizados, porque a Cidade está em
grande prejuízo por uma simples questão: falta de operação, de cuidado e
limpeza dos equipamentos das galerias, das bocas-de-lobo. Então, essa é uma
questão elementar. Aí, sim, é bem-vindo o investimento, mas, se não fizer a
tarefa básica, não adianta o investimento, porque vai ser todo ele perdido. E
aí está o nosso papel de fiscalizar, assim como fizemos com o DMLU, porque
aquela licitação foi anulada na Justiça; assim como a licitação da PROCEMPA,
que agora está sendo feita por este Governo, este que é o responsável, e não
adianta querer ir para um tempo passado, porque a responsabilidade tem nome,
data e endereço.
Agora,
o que eu quero dizer aqui é que nós não vamos aceitar esse tipo de manifestação
desqualificada e desequilibrada que faz o Ver. Sebenelo, porque, se alguém tem
que dar conta do Rio Grande, se alguém deu cartão vermelho para o povo, é a sua
Governadora. A sua Governadora mentiu na campanha, disse que não ia aumentar
impostos, mas depois enviou um pacote e foi massacrada pela Assembléia
Legislativa, a ponto de ter apenas dois votos e ser humilhada naquele dia 28 de
dezembro passado. E não venha aqui falar qualquer coisa do companheiro Olívio
Dutra, nosso eterno Governador, porque o senhor não tem autoridade moral para
falar de ninguém, o senhor que dê conta antes de sua gestão lá no Grupo
Hospitalar Conceição, que é uma gestão que até hoje não foi explicada; aliás, o
senhor foi candidato por liminar, porque, pela Justiça, não teria sido
candidato, isso foi amplamente divulgado. Portanto, ponha-se no seu lugar e
respeite a nossa Bancada, porque nós não temos nada que lhe dar explicação,
pois o senhor não tem autoridade para cobrar de ninguém! Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir o PLE nº 004/07.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, de fato eu não pretendia me inscrever, Ver.
Sebastião Melo, mas quero deixar claro que voto favoravelmente a este Projeto,
que é importante para esta Cidade.
Eu
quero falar aqui no sentido de recuperar um pouco a razão desta Casa, e eu acho
que o Ver. Carlos Todeschini já colocou, o próprio Ver. Sebastião Melo também
se manifestou: existem algumas coisas que passam do limite. Nós podemos ser
ótimos profissionais na nossa área, mas, quando tratamos de uma Casa como esta,
onde lidamos com a democracia, muitas vezes nos exasperamos e temos que voltar
atrás, pedir desculpas. Eu acho que esse é o momento de grandeza que o Ver.
Claudio Sebenelo vai ter que ter com todos nós, com todo o respeito que eu
tenho por V. Exª, Vereador.
Há
muito eu me desliguei do Partido dos Trabalhadores, mas tenho a minha história
dentro do Partido, foram 25 anos, e há algumas pessoas que têm uma dignidade
intocável, e o companheiro Olívio Dutra é uma dessas pessoas. Quero dizer a V.
Exª, se o senhor não está informado, que foi o Ministro Olívio Dutra quem
organizou o Ministério das Cidades, que é um Ministério de todo o País, e Porto
Alegre, a exemplo do Projeto da Entrada da Cidade, é o maior exemplo do que
pode se colocar em termos de inclusão social, de respeito às pessoas, que não
podem ser tratadas apenas em época de eleição. O Ver. Claudio Sebenelo
perguntou por que o Lula tirou o Olívio, e eu vou responder: o Presidente Lula
não pensou no projeto apenas do companheiro, mas num projeto de transição
democrática. O senhor sabe que o PT, por exemplo - e historicamente fomos
antagônicos, cada um na sua ponta ideológica -, hoje repete a sua administração
dentro de um perfil que quer construir, realmente, o viés democrático, e esse é
o momento que nós estamos vivendo. Agora, se V. Exª não sabe conviver com isso,
Vereador, eu lamento, e a forma com que o senhor se posicionou aqui magoa
profundamente a todos, porque prejudica um Projeto importante para a Cidade,
desrespeita uma autoridade política. Eu quero dizer uma coisa para o Sr.
Vereador: diferente da posição do Fernando Henrique, que ficou de cócoras para
o FMI, que se agachou a vida toda para a questão da GM, da Ford, o Olívio fez
um enfrentamento ideológico como poucos e se queimou por causa disso, mas
assumiu o seu perfil. Então, em nome disso, Vereador, em nome do respeito, em
nome da democracia, em nome da honradez que todos nós temos que ter, eu acho
que o senhor deveria, neste momento, por uma questão diplomática, fazer um
aparte e dizer assim: “De fato eu estou equivocado, estou errado neste momento
e peço desculpas a uma pessoa honrada”, como foi o nosso ex-Governador,
companheiro Olívio Dutra. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Verª
Maria Celeste, Presidenta da Câmara; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, público que nos acompanha
aqui e pela TV Câmara, nós acompanhamos no debate deste Projeto, agora, a
típica arrogância, Ver. Todeschini, e o típico autoritarismo que ainda marcam
parte da base de sustentação do Governo Fogaça. Veio aqui representado pelo
Ver. Sebenelo, mas eu sei que ele representa muito do pensamento de alguns - e
sei que não são todos - dessa base de sustentação. Porque, na verdade, essa
posição autoritária e arrogante do Ver. Sebenelo, inclusive desrespeitosa com
figuras do cenário político gaúcho, é reflexo de uma Administração que trata a
população de Porto Alegre dessa forma e que exige a aprovação de um Projeto que
pode e deve ser questionado, sim, mesmo que nós tenhamos compromisso com a
Cidade.
Essa
forma de debate, de questionamento, o Ver. Sebenelo não tolera. Ele chega aqui
e agride pessoas. Eu posso ter a maior diferença com o Governo Rigotto -
programática, ideológica -, mas jamais atacaria a pessoa dele, como fez o Ver.
Sebenelo com o nosso companheiro e grande Governador do Rio Grande do Sul,
ex-Ministro das Cidades Olívio Dutra. Inclusive, Olívio foi o pai do Projeto de
Parcerias Público-Privadas, que tanto o Ver. Sebenelo e outros gostam de usar o
título, não o conteúdo, para defenderem as suas propostas quando querem fazer
privatizações brancas, aí eles se escondem atrás do Programa de Parcerias
Público-Privadas, que foi da gestão Olívio Dutra no Ministério das Cidades. O
Ver. Sebenelo não consegue fazer o debate democrático. Eu acho que é um traço
de autoritarismo; é um traço de falta de democracia a forma como ele trata os
temas aqui, porque ele não quer nem o debate!
Mas eu posso perguntar para a cidade de Porto
Alegre se vale a pena aumentar o endividamento da Cidade em quarenta milhões de
reais. E, neste Governo, segundo o Secretário Municipal da Fazenda, sentado ali
naquela mesa, está tudo bem: “Ah, nunca se investiu tanto com recurso próprio!”
Só que, do Orçamento, que era de 215 milhões, nós achávamos que tinham sido
executados 120 milhões, e aí, Ver. Luiz Braz, para surpresa sua e de tantos
outros Vereadores, nem isso foi aplicado; foram aplicados 84 milhões dos 215
milhões previstos pelo Governo Fogaça - e não é um Orçamento herdado da gestão
passada. Dos 215 milhões, foram aplicados 84 milhões! E agora a proposta é de
mais quarenta milhões de endividamento, que, segundo o Secretário Municipal da
Fazenda, estava sendo negociado, e que talvez até maio o Município pudesse ter
de novo o seu crédito, a sua possibilidade de endividamento para buscar
financiamento e não-sei-quê... De repente pode! Foi só o Secretário sair daqui,
e apareceram dois Projetos aumentando o endividamento em quarenta milhões de
reais. Aí, pode! Aí, não tinha mais negociação, de repente não se precisava dos
três anos consecutivos de superávit, que o Secretário aqui falou, e tudo mais.
Põe contradição e erro de matemática nisso!
Então, Ver. Sebastião Melo, quero fazer um debate
ideológico! Nós temos, a Bancada do Partido dos Trabalhadores - e sei que
muitos Vereadores tiveram, até porque fui Líder do Governo nesta Câmara e sei
-, compromisso com os projetos da Cidade, e os Vereadores votaram, mesmo sendo
da oposição, em projetos do Governo da Administração Popular - tenho certeza
disso, fui testemunha. Isso não significa que tenhamos que aceitar qualquer
coisa que beneficie a população; beneficia, é verdade, mas à custa de uma
dívida de quarenta milhões, justamente quando o Secretário Municipal da Fazenda
vem aqui e diz que tem 93 milhões de superávit!
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Marcelo Danéris, é bom que se
saiba que o Prefeito José Fogaça conseguiu recuperar a capacidade de
endividamento da Prefeitura, que sempre teve; só nos últimos dois anos, ela não
conseguiu fazer mais financiamento em razão do passado recente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Solicito aos
Srs. Vereadores que discutam o tema pertinente ao Projeto que estamos
discutindo.
O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para discutir o PLE nº 004/07.
Por
isso eu não tenho, realmente, dúvidas de que não iríamos quebrar o ritmo da
história que nós vivemos e vivenciamos aqui nesta Câmara de Vereadores, no que
diz respeito tanto a esse primeiro Projeto de 3 milhões, 676 mil e 500 reais,
como ao segundo Projeto, de 35 milhões 758 mil e 650 reais. Esses dois Projetos
não tem por que não serem aprovados por todos nós, Vereadores. Agora, é claro,
com o compromisso de todos nós, tanto situação quanto oposição, porque somos,
antes de tudo, representantes da sociedade. Nós temos de fiscalizar os recursos
para saber se eles estão, realmente, sendo bem aplicados. Acho que essa é a
obrigação que cabe a cada um dos Vereadores desta Casa, mas não caberia a
nenhum Vereador desta Casa, a nenhum grupo político desta Câmara negar a
aprovação desses recursos, que são benéficos para o conjunto da sociedade.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Guilherme Barbosa está com a
palavra para discutir o PLE nº 004/07, por cedência de tempo da Verª Margarete
Moraes.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs.
Vereadores, Sras
Vereadoras, também não quero, assim como o Ver. Luiz Braz, falar no Senador
Azeredo, o criador do “valerioduto”, que inventou o “valerioduto” - todo o
mundo sabe disso. Infelizmente, alguns dos meus companheiros foram seguir
adiante; eu não queria falar nisso, mas alguns do meu Partido que se meteram
nessa confusão já foram expulsos, outros o serão, enquanto que o Senador, Líder
do PSDB, continua lá. Então, deixa ele para lá, porque, se a gente aprofundar e
fizer um balanço, nome por nome, vamos ver qual é o Partido que vai sair
perdendo. Essa não é a discussão, mas nós podemos discutir sobre isso, não há
problema nenhum. Nós expulsamos; outros fizeram de conta que não viram.
Mas
a questão que estamos aqui colocando... E o Ver. Elói Guimarães teria feito um
certo desafio, o que também aceitamos. Vamos fazer um balanço, Ver. Elói, de
ano por ano de investimento, eu aceito esse desafio. Podemos fazer este
levantamento: quanto de encanamento fez o DMAE, quanto fez o DEP em cada uma
das Administrações. Também quero fazer o levantamento do DMAE... Inclusive,
depois que nós, ao longo do tempo, investimos e deixamos a Cidade sem faltar
água, agora, de repente, começou a faltar água na Zona Leste. É uma coisa
inexplicável. Então, esse desafio está aceito. Nós podemos, em qualquer
momento, fazer esse levantamento.
E
mais, Ver. Elói: muitos dos Projetos estão sendo trazidos aqui corretamente.
Acho que esta é uma qualidade da Administração Fogaça: dar continuidade aos
nossos Projetos. Posso dizer a V. Exª que 70%, no mínimo, dos Projetos que
estão sendo trazidos aqui, para financiamento, foram constituídos no nosso
período. Mas essa é uma questão importante que o DEP está fazendo, e, se
pegarmos a Administração Fogaça em seu todo, vamos ver que alguma coisa
importante foi feita: terminaram os viadutos da 3ª Perimetral; as obras das
casas aqui da Princesa Isabel; as obras das casas da Entrada da Cidade; as
obras das casas para os papeleiros, ali na Rua Voluntários da Pátria; o Conduto
Forçado... Todos são Projetos nossos, com financiamentos garantidos, e há
obras, muitas em andamento. Repito: foi importante a Administração terminar...
Projetos da Administração atual.
O
Sr. Elói Guimarães: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu não abri o debate com o
DMAE... O Ver. Todeschini, que habilmente modificou aí na tribuna... O meu
debate é no que respeita ao saneamento em termos de esgoto pluvial, drenagem.
Basta marcarmos uma reunião num dia de chuva em Porto Alegre e nós já vamos ver
que o que eu disse se comprova na realidade vivenciada, devido à falta de
recursos ao longo da história. É nesse aspecto...
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Agradeço
o aparte de V. Exª, mas o DEP nunca teve, em tempo nenhum, os recursos de que
precisava. Mas nós temos um levantamento, podemos trazê-lo, dos pontos de
alagamento que existiam antes de nós chegarmos à Prefeitura e da quantidade de
pontos que nós reduzimos. A última cheia que aconteceu em Porto Alegre - ou
melhor, enchente -, no final do ano e no começo deste, foi por falta de
limpeza... A chuva foi grande, sim, não tenho dúvidas disso, mas ela foi
potencializada, foi muito pior do que poderia por falta de limpeza das
bocas-de-lobo, e esse é um outro dado a respeito do qual podemos fazer um
levantamento. Quanto de limpeza de bocas-de-lobo tem feito o DEP nas redes?
Muito pouco ou quase nada.
Mas
esse debate é bom, e é esse que nós queremos fazer, desta forma, e não com a
baixaria, aliás, que não é nenhuma novidade, do Ver. Claudio Sebenelo. Olívio
Dutra estruturou um Ministério que não existia, inclusive pegando pedaços de
vários outros Ministérios. Olívio Dutra estabeleceu os projetos que estão sendo
aplicados agora, e isso foi importante. E está sendo um bom Ministro, sim, o
Ministro Márcio Fortes, do Ministério das Cidades. Agora, nós exigimos respeito
com a pessoa de Olívio Dutra, exigimos respeito de V. Exª, porque, na baixaria,
a gente não vai. Da mesma forma, por exemplo, que Germano Rigotto; nós
combatemos o Governo, mas jamais a pessoa Germano Rigotto e outros tantos
agentes políticos deste Estado. Nós não vamos entrar na baixaria que V. Exª
costuma fazer. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir o PLE nº 004/07.
O
SR. ERVINO BESSON: Minha
cara Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos
acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, eu queria saudar a todos.
Só
quero respeitosamente... Praticamente toda a Bancada de oposição falou, agora
parece que alguns não estão concordando com a minha fala. Quero lembrar, já que
o Prefeito foi muito criticado, algumas obras do Prefeito na nossa Cidade. Só a
recuperação do crédito, que nos anos de 2001, 2002 e 2003 a Cidade havia
perdido, foi uma vitória para a Cidade, uma vitória da atual Administração José
Fogaça. Quanto às moradias, vejam que as moradias são um sonho de muita gente,
inclusive há o Projeto Moradia para os nossos policiais. Essa é uma vitória
para a Cidade, um sonho de muita gente. Então, só para lembrar alguns dos
Projetos do nosso Prefeito.
O
Distrito Industrial da Restinga é hoje uma realidade. Esse Projeto estava no
papel há muitos anos; visitem o Distrito Industrial da Restinga - uma vitória
da cidade de Porto Alegre. O alvará na hora também é mais uma vitória da
Cidade, da atual Administração. E nós, juntamente com o Executivo, implantamos
o Procon Municipal, também uma vitória para Porto Alegre. E também: várias
creches estão sendo construídas na nossa Cidade.
Eu
só estou, rapidamente, lembrando algumas obras, já que o Prefeito recebeu
muitas críticas hoje. Os mutirões das cirurgias, que estavam três, quatro anos
atrasadas, e hoje, meu caro Ver. Aldacir Oliboni, V. Exª que trabalha no
Hospital e me faz sinal positivamente, todos sabem, há um grande esforço da
Secretaria de Saúde realizando muitas cirurgias que estavam na gaveta há muitos
anos, e hoje é realidade, é um trabalho do nosso Prefeito. E mais: a
recuperação da credibilidade dos nossos produtores, do nosso cinturão verde na
Cidade; é um trabalho do Executivo, foram 33 mil mudas de árvores frutíferas
doadas. Essa é mais uma vitória para Porto Alegre.
Eu só tomei nota de alguns dos grandes feitos do
nosso Prefeito Municipal, juntamente com as Secretárias, juntamente com a
Administração Municipal. Só para lembrar, eu acho que foram feitas algumas
críticas imerecidas ao nosso Executivo Municipal. Prometi que eu iria ocupar os
cinco minutos, ocupei três minutos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação a
prorrogação da Sessão por mais duas horas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de Souza, o PLE nº 004/07.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 31 votos SIM.
Em votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 004/07.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADA com a abstenção do Ver. João Antonio Dib e Ver. Luiz Braz.
Apregôo o Recurso referente ao PLCL nº 025/05, de
autoria do Ver. Luiz Braz (Lê.): “Apelo da decisão da Mesa, a fim de ser ouvida
a CCJ, por acreditar que houve erro na interpretação do Regimento. A Presidente
já havia declarado que o painel estava fechado, quando alguns Vereadores
manifestaram desejo de votar, modificando o resultado que havia sido obtido no
tempo regimental. Porto Alegre, 02 de abril de 2007. Ver. Luiz Braz”.
Encaminhado Recurso à CCJ, em relação ao Processo,
sem efeito suspensivo, uma vez que já há um Recurso da CCJ esperando para ser
aprovado neste Plenário que dá conta exatamente de uma questão idêntica a essa.
Solicito que os senhores consultem esse Projeto já com Recurso.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1368/07 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 005/07,
que autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito até o limite de
R$35.758.650,00 (trinta e cinco milhões, setecentos e cinqüenta e oito mil,
seiscentos e cinqüenta reais) com o Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A -
BANRISUL.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR,
CUTHAB, CEDECONDH e COSMAM. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 02-04-07.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão
o PLE nº 005/07. (Pausa.) O
Ver. Elói Guimarães se inscreve e desiste da discussão. Não há quem queira
discutir. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, o PLE nº
005/07. (Pausa.)
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª
Presidenta, é que V. Exª apregoou um Recurso a um Processo, só que V. Exª não
disse em qual efeito que V. Exª recebia o Recurso. Como eu acredito que ele
pode prejudicar...
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Ver.
Luiz Braz, nós estamos em processo de votação. Ouço V. Exª após a votação.
(Após
a apuração nominal.) APROVADO o PLE nº 005/07 por 30 votos SIM.
Em
votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 005/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA a Emenda nº 01.
Ouço
V. Exª, Ver. Luiz Braz.
O
SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Srª
Presidenta, dada a importância da matéria que nós aprovamos, e podendo ter
havido um erro de interpretação por parte da Mesa, eu pediria que V. Exª
recebesse o Recurso com efeito suspensivo e que solicitasse pressa à Comissão
de Constituição e Justiça, a fim de que possamos ter o resultado o mais breve
possível.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Eu já havia declarado, Ver. Luiz Braz: sem
efeito suspensivo. Mantenho a decisão, uma vez que já há um Recurso definido
pela própria Comissão de Constituição e Justiça num caso parecido com esse.
Então, indefiro a sua solicitação. Sugiro que a Comissão possa, o mais breve
possível, colocar em votação para não haver prejuízo do processo.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0840/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 011/07, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que concede o título
honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Escritor Luiz Carlos Verzoni
Nejar.
Parecer Conjunto:
- da CCJ e CECE.
Relator-Geral Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 02-04-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLL n° 011/07. (Pausa.) Não há
quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 30 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1805/06 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 008/06, de autoria do Ver. José Ismael Heinen,
que estabelece condições para funcionamento de clubes sociais e associações que
estejam impedidas pela Lei Complementar Nº 12, de 7 de janeiro de 1975, de
realizar atividades no período noturno, em face da emissão sonora.
Observações:
- para aprovação,
voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM.
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 09-08-06;
- discutiram a matéria os Vereadores J.I.Heinen, A.Sell, J.A.Dib e C.
Comassetto, em 05-03-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLCL n° 008/06. (Pausa.)
Visivelmente não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h44min.)
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